A rega no perímetro do Roxo, no concelho de Aljustrel, em Beja, vai ser este ano assegurada unicamente com água do Alqueva, implicando um custo “acima de um milhão de euros”, revelou o presidente da associação de regantes.
“Se não chover, toda a água” para a agricultura neste perímetro, a partir da barragem do Roxo, “virá de Alqueva”, disse à agência Lusa o mesmo responsável.
Segundo António Parreira, presidente da Associação de Beneficiários do Roxo (ABRoxo), a albufeira dispõe, atualmente, de um volume útil “de cerca de seis milhões de metros cúbicos”, o que corresponde a apenas 6,6% da sua capacidade total.
“Mas essa água tem um preço e é um encargo que os agricultores têm de suportar”, o que, juntamente com a “subida dos combustíveis, da energia, dos adubos e dos fitofármacos, é muito preocupante”, observou.
Para o presidente da ABRoxo, esta realidade é fruto das alterações climáticas, que é preciso combater através de “mais armazenamento de água”, e evitar o que acontece na bacia do Sado, que apresenta menor disponibilidade de água em Portugal e onde “70% da água vai para o mar”.
Mais de metade do território de Portugal continental (57,7%) estava, no final de dezembro, em situação de seca fraca, tendo-se registado uma ligeira diminuição na classe de seca severa e um aumento na seca moderada, segundo dados do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA).
C/Lusa