Reguengos de Monsaraz recebeu este sábado, dia 13 de fevereiro, a reunião do comité técnico da RECEVIN – Rede Europeia de Cidades do Vinho, no Salão Nobre dos Paços do Concelho. Neste encontro participaram Pietro Iadanza, Presidente da RECEVIN, e Floriano Zamboan, Presidente da italiana Città del Vino – Associação Nacional de Vinhos, ao mesmo tempo que decorreu o encerramento da Cidade Europeia do Vinho 2015.
Os atos oficiais de encerramento da Cidade Europeia do Vinho 2015 prosseguiram às 16h00, no Salão Nobre da autarquia, com a homenagem do município às instituições e personalidades que tiveram um papel relevante no desenvolvimento e promoção dos vinhos e do território de Reguengos de Monsaraz, como a RECEVIN, a AMPV – Associação de Municípios Portugueses do Vinho, a ACEVIN – Associação Espanhola de Cidades do Vinho e a Città del Vino.
Nesta cerimónia várias personalidades prestaram depoimentos sobre a Cidade Europeia do Vinho 2015 e sobre o seu impacto no sector do vinho, tendo também estado presente o Ministro da Agricultura, Capoulas Santos.
À reportagem da Rádio Campanário, o presidente da Câmara Municipal de Reguengos de Monsaraz, José Calixto, referiu que chegar a este dia, “é um sentimento forte, de missão cumprida, um sentimento de alguém que fez parte de uma equipa grande que juntou 120 parceiros e algumas dezenas de funcionários do município, os colegas do executivo municipal e que têm neste momento um sentimento de realização”.
O autarca destaca que “foram cerca de 150 eventos que nos fizeram chegar a cerca de 150 mil pessoas de forma direta”, referindo que “na base destes números e desta análise está um relatório exaustivo de evento a evento, e temos hoje a noção, pelas opiniões que nos são dadas, pela nossa sensação e pela opinião dos produtores, que isto não é o fim, é o fim de uma etapa (…), Reguengos de Monsaraz está claramente posicionado para podermos no futuro ter outras etapas igualmente fortes na promoção dos vinhos de Reguengos, que queremos, a partir de agora, sejam posicionados como uma das grandes capitais dos vinhos de Portugal”.
José Calixto salienta que Reguengos de Monsaraz, depois de Cidade Europeia do Vinho, “fica associada ao setor vinícola e ao seu território a um nível que não estava, e para além de uma série de infraestruturas, de marcas no território, a sinalética de todos os nossos produtores turísticos vinícolas, o vinho com arte, o wineshop no centro da cidade, um hotel que vai ser inaugurado em clima de expansão do nosso setor turístico com mais 110 camas turísticas, mais uma adega em construção, fica muita coisa palpável (…)”.
Depois de Reguengos de Monsaraz, Cidade Europeia do Vinho, estão reunidas as condições, “para assumirmos um papel de relevo na condução dos destinos da Rede Europeia de Cidades do Vinho, isso nós podemos aspirar porque os nossos parceiros viram o nosso trabalho e com certeza que o vão avaliar de forma isenta e esse papel que Reguengos quer ter no âmbito da Rede das Cidades Europeias do Vinho, certamente ajudar-nos-á, no futuro, a continuarmos a ter essa notoriedade (…)”.
“Reguengos de Monsaraz Cidade Europeia do Vinho 2015 terminou mas continuará uma marca muito forte que será Reguengos de Monsaraz Capital dos Vinhos de Portugal”, conclui.
O Secretário-geral da Associação de Municípios Portugueses do Vinho, José Carlos Arruda, declarou que “foi um desafio importante, não só para Reguengos, mas para Portugal porque após a realização da última Cidade Europeia que foi Gerez de la Frontera (…) nós tínhamos necessidade de provar aos nossos parceiros europeus que conseguimos estar ao mesmo nível que eles e ultrapassá-los”, salientando, “eu penso que pelo trabalho de uma excelente equipa durante todo o ano de 2015, que trabalhou o tema (…) motivou, nos motivou também a nós, porque foi uma candidatura de âmbito nacional que nós próprios também vivemos e transmitimos. Divulgamos em todos os eventos em que estivemos presentes, quer no país quer fora do país, fizemos questão de sempre ter Reguengos por trás de nós, de passar as imagens e divulgar aquilo que eram as iniciativas”.
“Estão de parabéns, foi uma equipa fabulosa (…) foram muitas iniciativas, muito bem feitas, (…) o saldo é extremamente positivo e acredito que isto é uma tarefa que não acabou hoje, seguramente vamos começar numa outra etapa e Reguengos vai seguramente ter uma outra etapa de grande promoção daquilo que são os seus territórios e dos seus vinhos”, destaca.
O Ministro da Agricultura, Luís Capoulas Santos referiu que se trata de uma distinção de grande préstimo que pretende homenagear aquilo que tem sido o trajeto de sucesso da vitivinicultura em Reguengos de Monsaraz, desde há muitos anos, mas sobretudo desde a fundação da Adega Cooperativa há cerca de três décadas atrás, foi um ano pleno de iniciativas que visaram todas elas promover e divulgar o vinho de Reguengos que é hoje conhecido em todos os cantos do mundo. As exportações de vinho que daqui saem vão para mais de quarenta destinos de todos os continentes e o reconhecimento de Reguengos como Cidade Europeia do Vinho, é um marco que ficará registado na história de Reguengos e do vinho de Reguengos, é o culminar de um ano muito intenso de iniciativas levadas a cabo, não só aqui, mas também noutros países e eu tenho muito orgulho de ter estado associado desde a primeira hora”.
Às 21h30 o Auditório Municipal recebeu a passagem de testemunho de Reguengos de Monsaraz a Conegliano-Valdobbiadene, Cidade Europeia do Vinho 2016, e a Lagoa, Cidade do Vinho 2016. O vinho de Conegliano-Valdobbiadene é um vinho espumante produzido em 15 municípios da província italiana de Treviso, entre os quais Conegliano e Valdobbiadene.
Nesta cerimónia, o Município de Reguengos de Monsaraz entregou uma placa comemorativa ao Município de Lagoa e a bandeira da RECEVIN à comitiva italiana de Conegliano-Valdobbiadene, representada por Luciano Fregonese, Presidente da Câmara de Valdobbiadene.
Esta passagem simbólica de testemunho representa o final da Cidade Europeia do Vinho 2015. Durante este evento, a banda The Lucky Duckies prestaram tributo aos grandes clássicos do rock-n-roll, do swing jazz, do country, do blues, da bossanova, mas também da música portuguesa.