A Rádio Campanário esteve na primeira grande entrevista com o Presidente José Calixto após o surto de Covid-19 num lar de Reguengos de Monsaraz.
À margem dos eventos que a pandemia do vírus SARS-CoV-2 trouxe para o Alentejo, a RC questionou o Presidente José Calixto acerca dos desenvolvimentos conseguidos pelo município e o seu balanço em 2020.
O edil recorda em primeiro lugar que “o concelho de Reguengos foi um dos primeiros a definir um fundo comunitário de emergência e um plano de apoio e recuperação social e económico.” Foi com base na situação pandémica vivida no concelho de Reguengos que a autarquia aprovou medidas estruturadas de apoio à população e à economia, tendo estas sido recentemente reforçadas de 400 para 500 mil euros.
“Esses recursos suportaram a redução de receitas, mas também o aumento de despesas que tivemos especificamente com a pandemia”, recorda o autarca.
À parte da pandemia, o Presidente adianta que tentou “continuar com nosso plano estratégico de requalificação urbana, com as obras de recuperação patrimonial em Monsaraz, e uma série de intervenções que tínhamos planeadas. Com um ritmo diferente de execução, como é obvio.”
José Calixto adianta que a continuação das obras de requalificação da Praça da Liberdade e das Muralhas do castelo de Monsaraz, durante a pandemia, “permite hoje ter aqui vários sinais de esperança”.
Em relação às obras nas Muralhas do castelo de Monsaraz, o edil adianta que toda a zona exterior às muralhas foi requalificada com circuitos que são possíveis agora visitar e “que permitem um usufruto de uma paisagem envolvente e magnífica.”
Os apoios do município à promoção territorial permitiram também o aumento de alojamentos locais no concelho de “umas dezenas (…) para cerca de 130, nos últimos três ou quatro anos,” explica o Presidente.
O concelho de Reguengos de Monsaraz apresenta uma das menores taxas de diminuição da população, comparativamente com alguns “concelhos à nossa volta que nos últimos dez anos, diminuíram a população em 15-20%,” explica José Calixto. Adiantando que “as taxas de fecundidade de Reguengos são apenas superadas por Évora,” o edil justifica este fator pela qualidade de vida e capacidade de criação de emprego no concelho.
Em contexto do potencial territorial e vitivinícola do concelho de Reguengos, o Presidente José Calixto afirma que “a sorte dá muito trabalho” e adianta que o que demarca Reguengos de outras regiões produtoras de vinho foi “a capacidade, de pela primeira vez, juntar no salão nobre do município todos os produtores deste concelho, e todos a falar uma só voz.”
O autarca justifica o sucesso dos projetos que recentemente tem desenvolvido, através da valorização do potencial dos recursos do concelho. “Definimos, desde muito cedo, dez valores da sustentabilidade deste concelho: o Astroturismo, o Alqueva, Monsaraz, o megalitismo, o Cante Alentejano, as mantas de Reguengos, a olaria, a biodiversidade, os vinhos e a gastronomia,” explica o edil. “E trabalhamos esses de forma a que eles libertem recursos e sejam um valor acrescentado para o território.” Temos que trabalhar naquilo que somos diferentes,” finaliza o Presidente.
Poderá ver vídeo da entrevista na íntegra ao clicar aqui.