Os Sindicatos já tinham avisado que janeiro seria um mês de luta no sector da educação e um pouco por todo o País, os professores manifestam-se reivindicando melhores condições para a carreira e para a escola pública.
Em Vila Viçosa, um grupo de professores pertencentes à Escola Públia Hortênsia de Castro, do Agrupamento de Escolas de Vila Viçosa, concentraram-se esta manhã junto à entrada do Agrupamento, e exerceram o seu direito de greve ao primeiro tempo da manhã.
A Rádio Campanário esteve presente e falou com a Professora Estrela Tobias, representante e porta voz do grupo, que começou por nos referir “nós estamos a reivindicar a salvação da escola pública porque o que se passa neste país é que sofremos constantes cortes a todos os níveis, e como diz o ditado, quem está no convento é que sabe o que lá está dentro.”
Esta docente refere ainda “nós somos constantemente alvo de ataques por parte do governo” acrescentando “espalham inverdades acerca da escola” .
A porta voz deste grupo de Professores sublinha ainda “o que o governo nos quer fazer, para além do que já nos fez nestes 20 anos últimos, é passar as escolas para os Municípios estando em cima da mesa a medida de 30% dos professores serem escolhidos pelos próprios Diretores dos Agrupamentos.”
A este propósito Estrela Tobias considera “toda a gente sabe que este País é um país de compadrios , por isso a partir do momento em que a escolha dos professores alterasse, imagino o que seria.”
Esta manifestação incide ainda sobre “o aumento de cortes que o governo faz às escolas” exemplificando a falta de não docentes no Agrupamento de escolas de Vila Viçosa.
Segundo Estrela Tobias “o governo não apoia a escolas, nem a nível de funcionários, nem a nível de professores, nem a nível das direções.”
Esta é a primeira de muitas paragens que este grupo de professores a leccionar na Escola Públia Hortênsia de castro em Vila Viçosa promete fazer sendo já certa a sua participação numa manifestação a nível distrital convocada para dia 25 deste mês.
“Nós lutamos por nós, pela escola pública e pelos nossos alunos” adianta Estrela Tobias que “não acredita nas negociações” com o governo acusando-o de “atirar areia para os olhos das pessoas e depois nada fazer, nada cumprir.”
“O governo é muito ardiloso e muito manhoso a transmitir a informação mas nós, alunos, professores e funcionários é que sabemos o que se passa e não existiria esta indignação pelo país fora, se algo não se passasse” concluiu.
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