O mundo acordou hoje com a inesperada notícia da renúncia à liderança da Igreja Católica por parte do Papa Bento XVI. O anúncio da resignação coube ao próprio Sumo Pontífice, numa intervenção em Latim durante um consistório. Joseph Ratzinger justifica a decisão com o argumento de que atingiu o limite das suas forças, “devido à idade avançada”.
De acordo com o texto entretanto disponibilizado pela Rádio Vaticano, o santo padre refere que “Depois de ter examinado repetidamente a minha consciência diante de Deus, cheguei à certeza de que as minhas forças, devido à idade avançada, já não são idóneas para exercer adequadamente o ministério petrino.”
“O Papa anunciou que vai renunciar ao seu magistério às 20h00 locais (19h00 em Lisboa) do dia 28 de fevereiro. Nessa altura vai começar o período de escolha (sede vacante)” – declarou o padre Frederico Lombardi, porta-voz da Santa Sé, confirmando o histórico anúncio da resignação do Sumo Pontífice da Igreja Católica.
Bento XVI sucedeu a João Paulo II, tendo sido eleito no dia 19 de abril de 2005, aos 78 anos, como chefe máximo da Igreja Católica.
Com a resignação de Bento XVI o governo da Igreja Católica fica entregue ao cardeal carmelengo, – o Cardeal Tarcisio Bertone, Secretário de Estado do Vaticano, a quem cabe anunciar a data do Conclave em que vai ser eleito o novo chefe da Igreja Católica.
A fim de obtermos uma reação por parte da Arquidiocese de Évora a Rádio Campanário falou com o Vigário Geral, Cónego Eduardo Pereira da Silva.
O Vigário Geral da Arquidiocese de Évora mostrou-se surpreendido com a decisão do Santo Padre, apesar de considerar que está no seu direito, acrescentando que tal situação não era previsível.
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É ainda de referir a raridade em que um Papa resigna ao pontificado, tendo sido o último caso o do Papa Gregório XII, em 1415.