Decorreu no passado sábado, dia 31 de março, em Rio-de-Moinhos (Borba), um colóquio subordinado ao tema “Tratamento de Águas, Ecologia, Turismo e Economia Local”, integrado no programa do certame Queijo e Sabores de Rio de Moinhos.
Em declarações à RC, o orador convidado João Cavaleiro Ferreira, explica que “em termos de turismo, não se pode pensar só em Borba (concelho e freguesias)”. Devemos “pensar que estamos integrados numa zona” com cidades património, Évora e Elvas, com Vila Viçosa que em processo de classificação, “a monumentalidade de Estremoz”, “Alandroal está a dar também alguns passos importantes”. “Precisamos de olhar para este conjunto em termos turísticos”, aponta.
Para a região, são importantes as questões “do enoturismo, da gastronomia, dos passeios de bicicleta, dos percursos pedestres”, mas também a criação de “pequenas rotas locais que se podem fazer e entusiasmar os turistas nacionais e internacionais porque são experiências diferentes”, nomeadamente relacionadas com as hortas da Nora, os fornos de cal, a arquitetura do mármore e a produção de queijos.
Realça ainda a necessidade de “criar condições para entusiasmar agentes locais”, nomeadamente os jovens, para “criarem a organização da animação turística nestes aspetos”, ao invés de se esperar que o desenvolvimento parta das instituições públicas ou das autarquias locais.
O outro orador convidado pela Junta de Freguesia de Rio de Moinhos, Jorge Canhoto, explica que existe uma estreita dependência entre as Águas, Ecologia, Turismo e Economia Local, sendo que “nenhuma das partes sobrevive só por si”.
O objetivo da sua intervenção no colóquio, direcionou-se para “sensibilizar as pessoas que se cada um de nós fizer o seu trabalho, todo este ciclo se torna mais simples”.
A existência de cursos de água limpos, e de cuidados “à volta da questão de utilizar, reutilizar, recuperar”, contribui para o turismo e consequentemente para a economia local, “porque ninguém gosta de estar em sítios degradados”.
Relativamente à água, “percebermos que a água potável no mundo é muito pouca”, sendo importante saber utilizá-la, assim como tratar os efluentes para “que sejam devolvidos para a natureza em condições”.
No caso particular de Rio de Moinhos, existe “uma questão que vem de longo prazo relativamente à construção de ETAR”, cujo concurso foi recentemente aberto, destacando-se a necessidade do “tratamento dos efluentes produzidos pelas queijarias”.
{gallery}riomoinhos_coloquio{/gallery}