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Rota Vicentina alerta para campismo e caravanismo selvagem na costa alentejana

Foto: Expresso

A associação Rota Vicentina alertou para a crescente tendência do campismo e caravanismo selvagem nas falésias e praias da costa alentejana, apelando a uma “conduta consciente” por parte dos visitantes.

“É com forte preocupação que os habitantes locais constatam uma crescente tendência do campismo e caravanismo selvagem” em zonas onde o seu impacto é nefasto, ao nível paisagístico, ambiental e social, lê-se num comunicado divulgado pela associação para a promoção do turismo de natureza na costa alentejana e vicentina.

O “parqueamento abusivo em parques de estacionamento urbanos, praias, terrenos privados e áreas onde a sua circulação é inclusive proibida, com as respetivas consequências ao nível de impactos paisagísticos, ambientais e sociais”, é um dos exemplos apontados pela associação, que gere a Rota Vicentina desde 2013.

Depois de manifestar “profunda satisfação” por “tão grande interesse e adesão aos trilhos por parte dos portugueses e de alguns turistas estrangeiros, numa altura em que Portugal enfrenta sérios constrangimentos”, a associação realça que “passou a ser frequente encontrar lixo e dejetos humanos ao longo da costa”.

Este fenómeno, indica, já “ultrapassou há muito a real capacidade de carga da região”, onde se insere o Parque Natural do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina.

Tendo a sustentabilidade como “a grande motivação do trabalho”, os responsáveis da associação defendem “uma conduta consciente de todos os visitantes, com destaque para a prática do campismo e caravanismo, que deve acontecer exclusivamente nos parques de campismo da região”.

“Tratando-se de um parque natural, a Rota Vicentina defende uma conduta responsável e contida no enquadramento legal que proíbe o campismo e caravanismo selvagem, mas sobretudo uma maior corresponsabilização de todos os amantes desta costa tão selvagem, para que assim possa permanecer por muitos anos”, sublinha.

A Rota Vicentina é uma associação sem fins lucrativos, responsável pela gestão de uma rede de trilhos pedestres (750 quilómetros), percursos cicláveis, programas e atividades, entre Santiago do Cacém, no distrito de Setúbal, a Lagos, no Algarve.

Apoiada por uma rede de 200 empresas de diferentes setores, assim como operadores turísticos internacionais, a missão da Rota Vicentina passa por investir na proteção ambiental, desenvolvimento de um projeto de turismo sustentável e de qualidade e com uma oferta de produtos fiéis à cultura e identidade local.

 

Fonte: Agência Lusa

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