Rui Torrinha, que integrou a lista do PSD em 2005, no segundo lugar, e que concorre agora às autárquicas de 2017, como número 3 do MUC (Movimento de Unidade Calipolense), falou à Rádio Campanário sobre o processo de integração na lista do movimento e sobre as suas orientações e objetivos políticos.
Rui Torrinha, afirma que sempre gostou “de participar em coisas que sejam úteis para a sociedade”. Desta forma, quando “fui convidado por umas pessoas que considero amigas […] e que me mostraram um determinado projeto que achei engraçado”, aceitou.
Encontrando-se reticente relativamente ao seu desemprenho em altos cargos, por motivos de saúde, aceitou o convite, mas advertiu os membros da lista para o facto, pedindo para ocupar um “lugar não elegível”, na lista encabeçada por António Jardim.
Os projetos que analisou, e que o levaram a aceitar ser o número 3 da lista, “agradaram à vista e ao coração”, declara.
Avança, que se encontram já definidos dois projetos que se debruçam sobre a “fixação da juventude com trabalho não temporário”, e outra direcionada para “recolher, mostrar às pessoas” a ecologia e para o património não edificado calipolense, que considera que têm vindo a ser descuidados, e simultaneamente, criar empregos permanentes.
Neste âmbito, aponta algum descuido que tem vindo a notar, a nível da flora e da “gestão da água”.
Rui Torrinha afirma que “nunca fiz contagens de votos […] mas gosto de colaborar politicamente”, considerando como política, que a participação na cultura e na sociedade.
Desta forma e neste sentido, afirma que “mesmo que não tenha lugar […] continuarei a colaborar”.
Não revelando o projeto geral da candidatura antes da publicação do programa do movimento, avança que, relativamente aos itens globais, “há la dois ou três que não me agradam”, mas não são razão para recusar a proposta.
Tendo concorrido anteriormente pelo PSD, como independente, há 12 anos, ocupou o segundo lugar da lista de Inácio Esperança. Esta candidatura, afirma, “tinha bons projetos e boas ideias […] mas levámos uma grande sova”.
Relativamente à sua opinião política, declara que se identifica “muito com a Social Democracia Nórdica”, que nunca foi implementada em Portugal. Conta ainda à RC que, “quando era estudante, era quase do partido comunista, mas depois fui tomar juízo”.
Tendo sido “um ativista muito sério na luta estudantil”, sofreu com a PIDE, mas acredita que assim se “preparou o terreno para aquilo que veio a acontecer”.
Afirmando que “numa câmara municipal não pode haver orientações políticas do género partidárias”, diz que no MUC há várias “opiniões políticas base […] diferentes”, sendo a sua de social democracia um bocado de esquerda.
Conclui dizendo que “é difícil a esta candidatura apresentar uma linha partidária muito conexa, porque tem concorrência dos outros partidos todos, nas eleições”, sendo que a escolha, supõe, reverteria para “as pessoas mais independentes dentro de cada setor”.