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Sexta-feira, Novembro 22, 2024

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“Sabemos pouco do PRR, a única coisa que sabemos é que para o Alentejo não vem grande coisa” diz Carlos Pinto de Sá(c/som)

 

O Plano de Recuperação e Resiliência é um programa de aplicação nacional, com um período de execução excecional até 2026, que vai implementar um conjunto de reformas e de investimentos destinados a repor o crescimento económico sustentado, reforçando o objetivo de convergência com a Europa ao longo da próxima década.

Ainda pouco se sabe sobre a forma como as verbas vão ser distribuídas, existindo por isso alguma expetativa por parte dos Municípios.

A Rádio Campanário falou com Carlos Pinto de Sá, Presidente da Câmara Municipal de Évora,  sobre as perspectivas deste PRR para o Alentejo, e mais concretamente para o concelho de Évora, tendo o autarca referido “ o PRR ainda está muito indefenido, conhecendo-se ainda mal as verbas que poderão ser utilizada pelo Municípios ou os projetos que poderão ser financiados em cada região.”

Ainda assim, o autarca eborense destaca “ o PRR ignora olimpicamente o Alentejo” justificando esta sua afirmação dizendo “ o Alentejo é mais uma vez mal tratado recebendo muito poucas verbas do PRR”.

Apesar disso, Carlos Pinto de Sá adianta “uma das verbas que temos para Évora e que é da responsabilidade do governo é completar o troço em falta do IP2 “ considerando o edil que este “é fundamental para a mobilidade na cidade de Évora para retirar o trânsito de dentro da cidade  .”

O Presidente da Câmara Municipal de Évora recorda ainda que “o IP2 passa dentro da cidade, dividindo o Hospital de Évora, nomeadamente os seus dois edifícios” sublinhando “retirar esse trânsito todo de dentro da cidade é absolutamente fundamental para melhorar a mobilidade e a qualidade de vida dos eborenses.”

Trata-se de uma obra que já chegou a estar adjudicada, sendo depois interrompida quando a Troika impôs o cancelamento do investimento público. Carlos Pinto de Sá refere ainda, no que diz respeito ás possíveis verbas inscritas no PRR para habitação, cujo aviso já está disponível “estamos a analisar esse aviso, fomos dos primeiros municípios do país a elaborar a estratégica local de habitação e o plano local de habitação, pelo que estamos em condições de poder avançar com propostas para o PRR.”

O autarca esclarece ainda que neste momento o Município de Évora já tem assinado com o governo, no valor de cerca de 63 milhões de euros, direcionado para as várias áreas da habitação.

Quanto a possíveis candidaturas ao PRR por parte de outras entidades ou privados no concelho de Évora, Carlos Pinto de Sá refere que tem “conhecimento de algumas intenções de candidaturas ao PRR no caso de serem abertas essas possibilidades” manifestando a disponibilidade do Município para “apoiar estas candidaturas que possam trazer investimento para o concelho.”

 

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