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Quinta-feira, Novembro 21, 2024

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”Saí do Inferno e entrei no Paraíso” diz Rosa sobre a mudança de Lisboa para Salvada, Beja (c/som)

A Rádio Campanário esteve à conversa com uma testemunha de Beja, que se viu obrigada a reinventar o seu negócio devido à situação provocada pela pandemia COVID-19. É uma testemunha de quem vem de Lisboa, de uma grande metrópole, para Beja, para o Alentejo. 

Rosa Perpétua, também tratada por Rosinha, é uma artesã que trabalhou e viveu em Lisboa mais de 30 anos. De momento, vive na Salvada, concelho de Beja, e faz ”peças únicas”, como brincos, colares, pulseiras. Os seus pais são do Alentejo e têm uma casa na Salvada, onde Rosa passava as férias enquanto criança e adolescente. 

Rosa vivia em Lisboa, vivia no turismo e vendia muito bem. No dia 13 de março, devido à situação pandémica, teve que deixar de fazer artesanato e ficou com ”rendimento 0”. 

Quanto à mudança de Lisboa para Beja, Rosa afirma que ‘’saí do Inferno e entrei no Paraíso’’.

Em Lisboa, a artesã vivia num condomínio fechado, ‘’com uma piscina linda e tudo mais’’. Apesar disso, realça ‘’saí do inferno e entrei no paraíso’’.

‘’A minha vizinha, que é uma senhora da idade da minha mãe, que eu já não conheceria”, uma vez que esteve ”mais de 30 anos sem vir à Salvada’’, ”mas que ela sabe quem eu sou, ela conhece-me muito bem, e trata-me por Rosinha. Vem todos os dias levar-me alface, tomate, coentros, chama-me para o pão, chama-me para o queijo que passa”. Apesar de ter perdido o seu negócio em Lisboa e ter que se reiventar, Rosa não se mostra arrependida com a sua mudança para Salvada, destacando que ‘’Não é só o meio ambiente, não é só o ar de prospero, é as pessoas, é o calor humano’’.

Qanto a esta transição radical, Rosa reafirma ”Não tenho palavaras, eu saí do inferno e entrei no paraíso”. 

 

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