As quatro variantes classificadas pela Organização Mundial de Saúde como “preocupantes” são a Alpha, a Beta, a Gamma e a Delta. Estas estão presentes nas infeções comunitárias em Portugal.
Segundo os dados de junho, divulgados pelo Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge, e tal como a RC já tinha noticiado, a prevalência da variante Delta é superior a 60% em Lisboa e Vale do Tejo e inferior a 15% na região Norte. Entretanto, a ministra da Saúde estimou, ontem, que a variante Delta passe a ser dominante no território nacional brevemente, sendo que agora o objetivo é de “ganhar tempo” para que esta chegue a outras regiões apenas quando houver mais pessoas vacinadas. O mesmo instituto estima que a variante Delta tenha um grau de transmissibilidade cerca de 60% superior à variante Alpha, associada ao Reino Unido e que foi a predominante em Portugal durante maio.
Com base na análise dos dados, o instituto estima que a variante Delta, que desenvolve mutações na proteína ‘spike’ que faz com que seja mais transmissivel, possa ultrapassar a variante Alpha nas próximas semanas. Relativamente à variante Beta, que está associada à África do Sul, e à Gamma, associada em Manaus, no Brasil, até 16 de junho, tinham sido identificados 133 casos e 146 casos, respetivamente, tendo estas duas variantes também transmissão comunitária em Portugal.
In Observador
