Teatro, circo e dança são os ‘ingredientes’ deste ano da iniciativa “Lavrar o Mira e a Lagoa – As Artes Além Tejo”, nos concelhos de Odemira (Beja) e Santiago do Cacém (Setúbal) e que arranca na sexta-feira.
Trata-se de um projeto da cooperativa cultural Lavrar o Mar, com sede em Aljezur (Faro), que arrancou em 2021 e que este ano vai decorrer até junho, naqueles dois concelhos alentejanos.
Segundo comunicado enviado à agência Lusa pelos promotores, a temporada de 2022 arranca na aldeia de São Domingos, no concelho de Santiago do Cacém, com a apresentação, na sexta-feira e sábado, às 19:00 horas, do espetáculo de teatro documental “Viagem a Portugal – Paragem Alentejo”.
Esta coprodução da Lavrar o Mar e do Teatro do Vestido, com direção, texto e coordenação da investigação de Joana Craveiro, procura, “como quem escava”, as “histórias de vida, das memórias e da geografia” de um “vasto território entre Santiago do Cacém e Odemira”.
O espetáculo vai ser, igualmente, apresentado em Odemira, nos dias 11 e 12 de março.
Antes, entre 04 e 06 de março, o auditório municipal de Santiago do Cacém recebe o espetáculo de novo circo “Bibeu e Humphrey”, da companhia francesa L’Attraction Céleste.
Segundo os promotores, em palco, vão estar dois artistas que “tomam nas suas mãos, para se apropriarem e reinventarem, um sentido de jogo teatral ‘clownesco’ novo, com uma imensa poesia e sensibilidade”.
“Bibeu e Humphrey” será, depois, apresentado na sede da Associação Cultural Recreativa Desportiva Zambujeirense, em Zambujeira do Mar (Odemira), entre os dias 18 e 20 de março.
A companhia L’Attraction Céleste vai ainda apresentar, na edição de 2022 do “Lavrar o Mira e a Lagoa”, outro espetáculo de novo circo, intitulado “Bobines”, que “integra o cinema como um utensílio teatral”.
“Bobines” será apresentado, de 11 a 13 de março, no auditório municipal de Santiago do Cacém e, de 25 a 27 de março, na Associação Cultural Recreativa Desportiva Zambujeirense, em Zambujeira do Mar.
“Não”, o espetáculo teatral criado por Giacomo Scalisi a partir de um diálogo com o escritor Afonso Cruz, volta a surgir na programação deste ano, com sessões a 15 e 16 de abril, na igreja da Misericórdia em Odemira.
Um dia depois, a 17 de abril, a companhia de circo contemporâneo francesa XY apresenta, em Santiago do Cacém, “Les Voyages”, em que 20 artistas partem “à descoberta de como a linguagem acrobática pode refletir e reinterpretar o espaço público”.
De acordo com os promotores, “Les Voyages” é “uma construção coletiva e silenciosa”, transformando-se numa “odisseia circense fora do comum, fortemente sensorial e visual, repleta de tesouros escondidos que perdurarão na memória”.
O espetáculo vai passar também por Odemira, no dia 25 de abril.
No mês de maio, entre os dias 06 e 08, a aldeia de Abela (Santiago do Cacém) recebe a apresentação de “Povoado”, que junta dança, música e palavra, numa criação de Madalena Victorino e Rémi Gallet, com a participação de diversos convidados.
“É um projeto multidisciplinar de artes performativas que investiga a possibilidade e as consequências de um contacto entre uma aldeia e um núcleo de artistas” vindo “de fora” e que se instala “por um tempo, para construir uma experiência com a população”, explicou a organização.
Por fim, em junho, a companhia de novo circo francesa Barolosolo vai apresentar “Balad’O”, no Jardim Ribeirinho de Odemira (dias 04 e 05) e na Lagoa de Santo André, em Santiago do Cacém (dias 11 e 12).
“É um espetáculo de circo aquático onde os artistas partem em viagem e se transformam pelo caminho”, com fogo de artifício e um baile como “final deste percurso fantástico”.