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“Se a CM de Évora romper o compromisso sobre as acessibilidades do Novo Hospital não será de bom tom e ficará numa posição desagradável”, diz Capoulas Santos

O Novo Hospital Central do Alentejo, em Évora, é cada vez mais uma realidade, contando já com financiamento aprovado, bem como, com a empresa que irá executar a obra.

Recentemente criou-se alguma controvérsia naquilo que respeita às acessibilidades, tendo Carlos Pinto de Sá, presidente da Câmara Municipal de Évora, referido que cabe ao Governo garantir o seu financiamento.

Neste sentido a Rádio Campanário falou com Luís Capoulas Santos, deputado eleito pelo PS no círculo eleitoral de Évora, que começa por referir que “as autarquias que fazem parte do Estado são pessoas de bem”.

O deputado explica que “existe um compromisso assinado pela Câmara de Évora, em 2007, através do qual a autarquia se comprometeu a assumir a responsabilidade das acessibilidades”, acrescentando que “o rompimento unilateral de um compromisso, para além de colocar o Município numa posição desagradável, não seria de bom tom não honrar um compromisso assinado pelos seus órgãos próprios”.

“Se a CM de Évora romper unilateralmente o compromisso, ficará numa posição desagradável”
Capoulas Santos 

 

Luís Capoulas Santos refere “não sei de nada em concreto”, no entanto, “ouvi alguns rumores e custa-me a crer que seja possível não honrar esse compromisso”.

A RC lembrou Capoulas Santos das palavras de Pinto de Sá, onde o mesmo se “mostra disponível para cooperar”, e questionámos o deputado sobre qual a diferença entre cooperar e honrar o contrato assinado.

Para Capoulas Santos “são uma e a mesma coisa, existe um contrato escrito e assinado pela autarquia com o Governo, onde a autarquia se responsabiliza pelo conjunto das acessibilidades “.

O ex-ministro da agricultura e um dos principais impulsionadores do Hospital Central do Alentejo, afirma que “naturalmente que esse compromisso implica um compromisso financeiro”, acrescentando que “a autarquia terá que candidatar essa obra a fundos comunitários e terá de comparticipar com a sua cota parte, que no quadro atual é na ordem dos 15%”.

“Obviamente que a CM de Évora terá de candidatar a obra a fundos comunitários”
Capoulas Santos

O deputado lembra que “na altura o investimento estimado foi entre os 10 e os 15 milhões de euros”, referindo mais uma vez que “não me parece que exista qualquer celeuma, uma vez que existe um documento assinado onde está tudo previsto”.

“O estado central comprometeu-se a fazer o hospital e a Câmara a fazer as acessibilidades”
Capoulas Santos

Para Luís Capoulas Santos “a partir do momento em que o Governo está a cumprir a sua parte ao iniciar a obra, a única coisa que pode acontecer é a autarquia cumprir a sua parte”.

O deputado afirma que “para mim e para qualquer pessoa de bem não existe qualquer dúvida sobre o processo, uma vez que, existe um contrato escrito”, acrescentando que “o seu não cumprimento era o rompimento unilateral por uma das partes e penso que a Câmara de Évora jamais faria isso”.   

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