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Sexta-feira, Novembro 22, 2024

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“Se é possível fazer pontes em tanto lado, qual o problema de se fazer uma aqui na antiga EN-255?”, diz António Anselmo (c/som)

O colapso da antiga estrada EM-255 que ligava Borba e Vila Viçosa, no passado dia 19 de Novembro de 2018, e todos os trágicos acontecimentos que daí advieram, incluindo a perda de vidas humanas, ainda estão presentes na memória de todos, foi neste sentido que a Rádio Campanário procurou saber junto de António Anselmo, autarca da cidade de Borba, qual o ponto da situação do processo, bem como se existe algum plano para a antiga e secular estrada.

António Anselmo começa por dizer aos nossos microfones que sobre o processo “não posso falar, essa parte está em segredo de justiça e temos de aguardar os desenvolvimentos judiciais”.

Visivelmente tocado pelo tema, tal como todos os habitantes dos dois concelhos da zona dos Mármores, António Anselmo lembra que “aquela estrada real ligava Borba a Vila Viçosa, as pessoas todos os dias por lá passávam, todos temos memórias de passar ali a pé ou de carro, todos pensávamos que estava tudo em segurança”.

“obviamente que doeu e dói a qualquer pessoa de Borba ou de Vila Viçosa”
António Anselmo

A Campanário questionou António Anselmo sobre o futuro da antiga estrada EM-255, o edil refere que “a tragédia obrigou a repensar tudo”, considerando que a “variante esteve presente, mas nunca foi usada”. Relativamente a alternativas o edil borbense considera que “existe muita gente que fala em muita coisa”, mas nas suas convicções António Anselmo diz “acredito na engenharia, acredito em todas as coisas” e considera que “se se fazem pontes em tanto lado, qual o problema de se fazer uma aqui e manter o traçado original?”.

O edil reforça esta ideia dizendo que esta solução poderia ser “apenas para o trânsito ligeiro, para que as pessoas pudessem passar por ali e quem sabe talvez criar um miradouro”. António Anselmo ressalva que todo o mediatismo negativo criado em torno da derrocada “não pode apagar a memória que aqueles buracos foram a riqueza destas gentes”.

“não se pode apagar a memória que aqueles buracos foram a riqueza destas gentes”
António Anselmo

O Presidente da Câmara Municipal de Borba não aponta prazos dizendo que “não podemos ser fundamentalistas e querer que se faça aquilo que não foi feito em anos em termos de fiscalização”.

“não se pode querer fazer em 1 mês, aquilo que não foi feito em anos”
António Anselmo

A Campanário procurou saber qual o estado de espírito do autarca que acabou por se tornar uma das figuras centrais desta tragédia, ao que António Anselmo diz “as forças vamos busca-las ás entranhas, a motivação é a mesma de sempre, se conseguirmos transmitir garra ás pessoas, naturalmente que as coisas são mais fáceis”, para o autarca “sofre-se por dentro, por fora os outros não tem culpa nenhuma da minha vida”.

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