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Sexta-feira, Novembro 22, 2024

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“Se Estremoz está no lote dos 121 concelhos, é porque o Governo tomou medidas muito tarde” diz autarca (c/som)

Nas últimas semanas o concelho de Estremoz viu os números da COVID-19 aumentarem exponencialmente, ultrapassando já os 100 casos ativos.

O presidente do município, Francisco Ramos, em entrevista à RC, fala sobre esta situação afirmando que está a ser vivida “com preocupação”, mas “imbuídos no espírito de esperança”.

O município tem tomadas “medidas que estão definidas pela Direção-Geral de Saúde e outras por nós, com vista a tentar debelar a pandemia”. Segundo o autarca o importante é salvaguardar “a saúde e a vida das pessoas, paralelamente com a economia porque precisamos de manter algum equilíbrio nesses dois vetores e vamos ter esperança e fé de que as pessoas são responsáveis”.

No passado sábado realizou-se Conselho de Ministros onde foram definidas regras mais apertadas para o combate à COVID-19, sendo que 121 concelhos de Portugal foram reconhecidos como de maior risco e passando a ter regras mais rígidas a partir de amanhã, dia 04 de novembro.

O município de Estremoz é um dos que está entre estes 121 concelhos. Questionado sobre a integração do município neste lote e o que se altera nos próximos 15 dias, o autarca estremocense afirma que “se esta decisão tivesse sido tomada quando devia, ou seja, logo a seguir às férias, em agosto, certamente nem Estremoz, nem Borba, nem Vila Viçosa estavam neste lote, estariam outros”.

No entanto, afirma que se Estremoz está neste grupo, “é a receita para resolver o problema”. Porém, discorda desta tomada decisão tardia por parte do Governo, pois se tivesse sido tomada mais cedo, “não estaríamos incluídos nestes 121 concelhos”.

“A oportunidade da decisão por parte do Governo é inoportuna e tardia. (…) aquilo que se passa é que fomos dos últimos municípios a ser atingidos no distrito de Évora, portanto, estamos agora com os infetados mais recentes, enquanto os municípios que no início de setembro/outubro tiveram o seu auge têm hoje já boa parte das pessoas curadas. É precisamente o contrário do que está a acontecer no município de Estremoz, ainda estamos numa fase evolutiva e espero que possamos entrar na fase descendente”, explica Francisco Ramos.

Por fim, o autarca apela a todos que cumpram “estas quatro regras: o uso de máscara; distanciamento social; desinfeção das mãos; e etiqueta respiratória. Para o presidente do município de Estremoz estas quatro medidas “representam 95% do êxito. Se não cumprirmos estas regras, todas as outras não produzem qualquer efeito e por isso temos de nos consciencializar que depende de cada um de nós a solução deste problema”.

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