A seca começa a dar sinais fortes e são muitos os agricultores e proprietários do concelho de Odemira que correm o risco de deixar de ter acesso a água do Perímetro de Rega do Mira devido à escassez deste recurso.
A agravar esta situação, perto de cem deles não está incluída entre os beneficiários do regadio nem tem acesso à rede de abastecimento público.
Piedade Guerreiro, agricultora, de 51 anos, vive no Monte Novo da Corte, há mais de 30 anos e tem conseguido ter água a partir de um canal de rega do Mira.
No entanto, corre o risco de não ter a renovação da licença para continuar a poder fazer esta utilização.
Segundo notícia avançada pelo Jornal expresso, Piedade e os restantes agricultores terão recebido uma carta da Associação de Beneficiários do Mira (ABM) onde se çpode ler que só terão acesso à água do canal em 2022 se se comprometerem a arranjar uma solução alternativa até 2023.
Esta situação está a levar Piedade ao desespero , e não hesita em afirmar ““Isto é porem-me uma corda ao pescoço. Sem água, vou acabar com tudo e vou-me embora.”
Neste artigo do expresso podem ler-se relatos impressionantes de agricultores que estão em desespero sem saberem o que fazer.
De acordo com a mesma fonte, o presidente da Câmara de Odemira, Hélder Guerreiro, terá sabido da referida pelas redes sociais, mas garantiu já que “uma solução irá ser encontrada” na reunião da próxima semana, onde também estará representada a Administração da Região Hidrográfica do Alentejo (ARH/APA). “Vamos fazer o levantamento de quem são os precários e que tipo de água precisam”, garante.
Fonte: Expresso
Foto: Sábado