Cinco rochas com gravuras de arte rupestre foram encontradas na passada semana nas margens do Guadiana, perto de Elvas, e irão agora ser estudadas pela Direção Regional de Cultura do Alentejo, que enviará uma equipa de técnicos.
Em declarações à RC, o historiador Luís Lobato de Faria identifica nas rochas “picotados, círculos ou talvez jogos do Alquerque”, gravuras que carateriza como “serpentiformes de várias épocas, mas que podem ser do megalitismo com 5000 anos”.
A arte rupestre recentemente encontrada por um antigo militar espanhol, Joaquin Larios Cuello, junto à Ponte da Ajuda, a caminho de Olivença, encontra-se num local onde “há muito megalitismo, entre as Antas os Dólmens e os Cromeleques, que fazem a ponte com o primeiro povo a desbravar as terras do Alentejo e a transformar esta paisagem numa paisagem humanizada desde o Neolítico”, esclareceu.
As gravuras abstratas descobertas por consequência da descida das águas “ainda estão a ser estudadas por especialistas”, e segundo Luís Lobato de Faria “provavelmente ficarão debaixo de água” com o aumento do caudal.
Os achados vão “começar a ser visitados” através de passeios culturais gratuitos, num trabalho desenvolvido pelo próprio historiador e a sua esposa, Eunice Gomes, numa unidade de alijamento hoteleiro em Alandroal, em que “tentam usar a identidade cultural para dinamizar o turismo e fomentara economia”, onde “o dinheiro feito nos passeios serve para estudar a identidade cultural”, que atualmente é realizado sem o apoio de qualquer autarquia, acrescentou Luís Lobato de Faria.
