O abastecimento de água às populações no Alentejo não está ameaçado pela seca, mas a situação tem de ser acompanhada “com muita atenção”, disse o presidente da Águas Públicas do Alentejo (AgdA), Francisco Narciso.
“Não é uma situação de alarme, mas uma matéria que temos que acompanhar com muita atenção, sejamos nós, sejam as populações”, afirmou à agência Lusa o presidente do conselho de administração da AgdA, com sede em Beja.
Conforme notícia avançada pelo Lidador Notícias , e segundo o responsável da empresa que gere o Sistema Público de Parceria Integrado de Águas do Alentejo (SPPIA), verifica-se na região “um nível de segurança muito elevado” relativamente ao abastecimento de água para consumo humano, inclusive nas albufeiras com os volumes de armazenamento mais reduzidos.
Caso preocupante é o da barragem do Monte da Rocha, no concelho de Ourique (Beja), que conta agora com apenas 15,4% da sua capacidade.
O presidente da AgdA alerta que a água “é escassa e tem de ser usada com bastante parcimónia, até porque há longos meses que não chove e não há qualquer ‘recarga’” dos aquíferos, acrescentou.
Sobre a albufeira de Santa Clara, no município de Odemira, Francisco Narciso admitiu que “o nível de preocupação tem aumentado”.
Para o presidente da AgdA, o problema da seca na região pode ser combatido com o alargamento da rede de abastecimento, através da ligação do Alqueva a mais albufeiras espalhadas pela região.
Recorde-se que mais de metade do território de Portugal continental (57,7%) estava, no final de dezembro, em situação de seca fraca, tendo-se registado uma ligeira diminuição na classe de seca severa e um aumento na seca moderada, segundo dados do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA).
Treze das 60 albufeiras monitorizadas tinham disponibilidades hídricas inferiores a 40% do volume total, enquanto sete apresentavam valores superiores a 80%.
Fonte: Lidador Notícias