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Sexta-feira, Novembro 22, 2024

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“Secalhar os verdadeiros anti-taurinos passeiam-se aqui por dentro “, diz Maria de Fátima Pinto, Empresária organizadora da corrida de Touros em Monforte(Com Som)

Tal como a Rádio Campanário tinha noticiado em primeira mão, estava prevista, para dia 28 de agosto,a realização de uma corrida de touros, em Monforte, para assinalar os 40 anos de alternativa do cavaleiro Paulo Caetano e os 20 anos de existência do Gupo de Forcados de Monforte, corrida esta que seria transmitida em direto pela RTP.

O Município de Monforte, inicialmente, manifestou todo o apoio à realização deste evento tauromáquico mas, tal como a Rádio  Campanário deu conta, anunciou já ter retirado esse mesmo apoio com base no conhecimento dos constrangimentos e problemas que tem vindo a rodear a organização da anunciada corrida, organização à qual a Câmara Municipal  é alheia.

A Rádio Campanário, falou ontem ao final do dia com Maria de Fátima Gaspar Pinto, única responsável pela Empresa Bússolas e Descobertas , Lda. , empresa responsável pela organização desta corrida, que nos disse “não tenho uma razão precisa, porque nenhuma associação me disse, porque é que eu não posso dar a corrida”.

Esta empresária adiantou ainda à nossa reportagem “que já ontem enviei e-mails ao sindicato dos toureiros, para a Associação Nacional Grupo de Forcados, para a Associação Portuguesa de Criadores de Touros de Lide e para a Apep, questionando se existia da sua parte alguma dívida que a impedisse de realizar a referida corrida, ao que, ainda no dia de ontem, lhe terá sido respondido por duas das quatro associações questionadas- Sindicato dos Toureiros e Apep- que não existe nenhuma dívida da minha empresa.” Relativamente às outras duas associações, indica não ter obtido ainda qualquer resposta apesar de , tal como indica, “para a Associação nacional Grupo de Forcados já ter enviado quatro e-mails no total.”

Questionada sobre como teve conhecimento de que não podia dar a corrida, Maria de Fátima Pinto adianta-nos que “recebi alguns telefonemas de alguns cavaleiros e artistas, nomeadamente os que compunham o cartel para esta corrida,  com indicação de que me davam total apoio  no entanto tinham recebido indicações que se participassem nesta corrida organizada por fim, não poderiam depois ser contratados por outras empresas.” No que diz respeito aos touros diz que, estes mesmos cavaleiros a informaram de que “os rumores que existem é que os touros  toureados nesta corrida, já não poderão ser utilizados em outra corrida.”

Em relação aos próprios forcados, a Empresária adianta que lhe foi dito “pelos próprios grupos de forcados que estavam entre a espada e a parede porque de um lado tinham a decisão da Associação Nacional Grupo de Forcados, que diz que eu estou associada ao Sr. João Duarte e por esse motivo não posso dar a corrida. Eles não proibem os forcados de participar na corrida no entanto não os aconselham a irem contra um código de ética existente, aconselhando-os a não aceitar o meu convite.”

Acrescenta ainda não saber se a razão desta proibição tem a ver com dívidas associadas ao nome de João Duarte, pessoa com quem vive maritalmente, uma vez que até ao momento e apesar de já  ter questionado as quatro associações em questão,  existem ainda duas que  não lhe deram resposta.

Ainda desconhecendo o verdadeiro motivo que a impede de continuar a organizar esta corrida de touros, Maria de Fátima Pinto diz que “ainda mais neste ano, pelas condições em que vivemos, toda a gente devia estar feliz por termos uma corrida televisionada. Se todos estivessemos unidos e ma luta pelo mesmo fim-que é o bem da tauromaquia- não era importante qual a empresa que estava a organizar.”

A empresária adiantou entretanto aguardar até ao final do dia de ontem pelas respostas em falta, sobre eventuais dividas e qual o motivo pelo qual a empresária não pode dar a corrida referindo ainda “não quero acreditar que isto acontece porque sou mulher ou que estou a mexer em certas e determinadas coisas que estão a fazer mossa a muitas pessoas e agirei em conformidade, avançando com uma providência cautelar contra a Associação nacional Grupo de Forcados, que foi quem despoletou tudo isto.” 

Relativamente à Câmara Municipal de Monforte, a empresária enalteceu a postura do Presidente do Município de Monforte pelo apoio prestado assim como a postura da Casa da RTP, os próprios cavaleiros e o próprio ganadero, também pelo apoio prestado nesta situação em concreto. Maria de Fátima Pinto vai mais longe e diz que “secalhar os verdadeiros anti-taurinos passeiam-se aqui por dentro.”

Questionada se à data em que a entrevista foi efetuada pela nossa reportagem- 5 de agosto- se a corrida se encontra efetivamente cancelada, Maria de Fátima adianta ” que a corrida não está cancelada e que aguarda a resposta das associações em falta e só depois tomará a sua decisão, guardando os trunfos que tenho para a altura certa.”

 

 

 

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