Uma sepultura, com cerca de 8.000 anos, foi descoberta esta semana no sítio arqueológico das Poças de S. Bento, concelho de Alcácer do Sal. No interior, o esqueleto de uma mulher jovem, em bom estado de conservação, abre perspetivas de investigação para melhor compreender os comportamentos funerários, tal como as atividades rituais, que se viviam naquele período da história.
A descoberta, que pertence ao período Mesolítico, foi feita por uma equipa de investigadores da Universidade de Lisboa e da Universidade de Cantábria que está a fazer escavações no local.
O esqueleto seguirá para laboratório, onde serão feitas análises ao ADN e estudos paleopatológicos. A maior parte dos exames serão feitos na Universidades de Lisboa, Oxford e Cantábria e no Instituto Max-Planck, de Leipzig.
Os trabalhos estão enquadrados no projeto arqueológico SADO-MESO, “orientado para a revisão sistemática do Mesolítico e Neolítico do Vale do Sado”, com o objetivo de investigar e retratar, o mais fiel possível, qual era a realidade da região há oito milénios atrás, tanto no que se refere há geologia, fauna e flora, tal como a interação das pessoas com o meio envolvente.
Até ao momento foram encontradas 13 ossadas, ainda que o estado de conservação nem sempre se confirme ser o melhor. Cerâmicas e sinais de estruturas habitacionais rudimentares foram outros dos elementos detetados até ao momento.
