O município de Alandroal procedeu ao alargamento da rede de águas e saneamento, em Hortinhas (Terena). Atualmente, as necessidades da população da freguesia, nomeadamente em Monte Outeiro, prendem-se com a necessidade de pavimentação.
Em declarações à RC, João Grilo, presidente da Câmara Municipal de Alandroal, afirma que “durante muito tempo chamou-se poupança a deixar estes buracos agravarem-se”.
O referido troço de estrada de Monte Outeiro “é o mais degradado do concelho, apesar de todo o concelho estar coberto de buracos”. As obras já foram iniciadas, mas foram interrompidas devido às condições meteorológicas.
Relativamente a estes dois projetos, o presidente do município aponta que que foram anunciados e “tinha expetativa que fosse verdade”. Contudo, “a verdade é que não existia nem projeto, nem concurso, nem obra, e nós estamos agora a retomar um projeto de 2012 para aquele troço”, tendo igualmente sido concluída a obra de saneamento com processo iniciado no seu mandato (2009-2013), aprovado no mandato anterior (2014-2017) em que não teve a presidência, e agora concluído.
Relativamente aos fundos necessários para concluir esta obra, o autarca avança que atualmente os programas “não preveem pavimentações” pelo que o município terá que “tentar recorrer a fundos próprios”. Apesar de ser um cenário complicado, uma vez que a partir de outubro de 2018 o município se encontra obrigado ao pagamento do FAM, “entendemos que é prioritário”.
O autarca aponta que agora, em muito pouco tempo, o município terá de fazer o que “se deveria ter feito nos dois ou três anos em que a Câmara andou a tentar aderir ao FAM e nos outros em que esteve a beneficiar do período de carência”. Apesar de ser “um trabalho muito difícil, estamos a fazê-lo em articulação com o FAM”, cuja Comissão considera “que o município não pode sacrificar a sua capacidade de desenvolvimento simplesmente para pagar dívida”.
“Cada dia constato mais que não se fez um trabalho de preparação que se devia ter feito” para o início da amortização do FAM, declara.
Este desenvolvimento possibilita ao município maior facilidade no pagamento do endividamento, e cria “condições para cumprir e poder continuar a fazer obra e dar respostas às populações”. Para tal, “o município tem que se tornar mais eficiente no uso dos seus recursos, para não privar a população das necessidades básicas”.