A União das Misericórdias Portuguesas (UMP) , criada em 1976, tem como missão para orientar, coordenar, dinamizar e representar as Santas Casas de Misericórdia.
Em 2003, considerando que o seu trabalho das Misericórdias incidia, especialmente, em áreas como cuidados de saúde, foi criado o Grupo Misericórdias Saúde com o objetivo de apoiar as Misericórdias com atividade neste setor.
Atualmente, nele existem inúmeras unidades de cuidados continuados e 19 hospitais , entre outras inúmeras respostas de saúde, espalhadas um pouco por todo o país.
O Hospital de São Paulo, em Serpa, é uma destas 19 Unidades de Saúde e quando o mesmo foi entregue à Misericórdia de Serpa, obrigou a que se unissem esforços no sentido de o colocar em funcionamento, com o objetivo principal de dar resposta às necessidades da população.
Manuel de Lemos, Presidente da União das Misericórdias Portuguesas, em entrevista exclusiva à Rádio Campanário, falou sobre este processo de transição assim como nos avançou em primeira mão, a construção de um bloco médico-cirúrgico, um investimento de grande envergadura a rondar os quatro milhões de euros.
O Estado devolveu à Santa Casa da Misericórdia o Hospital de São Paulo, e quando a Santa Casa da Misericórdia pediu ajuda à União das Misericórdias, Manuel de Lemos – Presidente da União de Misericórdias Portuguesas – alegou que “meter um hospital a trabalhar não é algo simples e a Misericórdia tinha perdido um pouco dessa experiência, porque se passara muitos anos desde que o hospital foi nacionalizado pelo estado e a primeira coisa que tentámos pôr a funcionar foi o bloco para que a comunidade realizasse ali as cirurgias que necessitasse” sendo que revela que o mesmo bloco “é muito antigo e estava encostado à muralha de maneira que não permitiram as obras que hoje são necessárias para assegurar a qualidade e segurança das cirurgias”.
Manuel de Lemos afirma que a Santa Casa da Misericórdia e a União das Misericórdias resolveram fazer junto – fora da cidade – um bloco médico-cirúrgico junto à unidade de cuidados continuados, “é uma obra muito grande, muito importante para as pessoas da região (…) é, seguramente, um dos melhores blocos que há em Portugal”.
Contudo, Manuel de Lemos alega que “foi um grande desafio a Misericórdia de Serpa aceitar retomar a gestão do seu hospital” e afirma “nós aceitamos com gosto esta colaboração e desta forma prestamos um serviço muito grande àquela comunidade”, sendo este um edifício moderno que está praticamente pronto e muito em breve abrirão portas “com gente qualificada”, e confirma que houve algumas perturbações sendo que em Março irão “resolver todos os problemas laborais que havia na Misericórdia” se bem que Manuel de Lemos afirma que entre os meses de Março e Maio o hospital comece a funcionar na sua área cirúrgica tal como as consultas necessárias.
Este hospital, em termos financeiros, resultou num investimento num valor de 4 milhões de euros, financiado pelo Portal 2020.