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Sete razões para visitar a cidade de Évora, Capital Europeia da Cultura 2027

Com um passado histórico rico, a cidade de Évora soube virar-se para o futuro, com novos restaurantes, lojas e equipamentos culturais. Tem aqui sete boas razões para visitar a cidade Capital Europeia da Cultura 2027.

Razão nº. 1 – Restaurante Tua Madre:

O restaurante de Francesco Ogliari e de Marisa Tiago é paragem obrigatória para quem gosta de ser surpreendido à mesa. O êxito deve-se à conjugação de receitas italianas com as portuguesas, confecionadas com produtos locais, muitos esquecidos ou mal aproveitados, e às massas frescas. Almôndegas de coração-de-boi ou ravióli de cabrito já passaram pelo menu, mas, como é a sazonalidade a mandar, as sugestões são sempre diferentes e surpreendentes. A acompanhar, há vinhos naturais e de baixa intervenção.

Razão nº. 2 – In Acqua Veritas:

Na Rua do Imaginário, um edifício centenário, nas traseiras da igreja de Santo Antão, esconde este spa único no País, onde se recria a essência dos banhos romanos. O calor húmido sente-se na pele, assim que entramos na sala do circuito dos banhos – a meia-luz, ampla, com arcos, colunas e paredes de tijolo burro, e com um ambiente propício ao relaxamento. Mergulhe-se então nas três piscinas, com cores e temperaturas diferentes: a retangular, de água tépida com jogos de água (Tepidário), e duas mais pequenas, de água quente e fria (Caldário e Frigidário). De seguida, faça-se uma massagem e uma degustação, prazeres a que os romanos, como é sabido, também não resistiam.

Razão nº. 3 – Centro Interpretativo da Cidade:

No Palácio de D. Manuel, dentro do Jardim Municipal, está o novo Centro Interpretativo da Cidade de Évora, onde se contam 20 séculos de História, desde a “Liberalitas Julia” romana até aos dias de hoje. Daqui, parte-se com a lição sabida, muito por conta da linguagem acessível e da tecnologia que agrada a miúdos e graúdos. O percurso expositivo surpreende pela interatividade, com animações 3D, vídeos e painéis com conteúdos históricos, e até um miniteatro com personalidades importantes da cidade, como o humanista André de Resende.

Razão nº. 4  – Fonte das Letras:

Esta livraria é um orgulho para Helena Girão Santos, que trouxe a Fonte de Letras de Montemor-o-Novo, onde começou, em 2000, para Évora, em 2013. Instalada numa rua do centro histórico, é ponto de encontro para leituras, dois dedos de conversa e várias atividades culturais. Quanto aos livros, há sempre as novidades, mas a missão, enquanto livraria independente, é dar a conhecer a diversidade de livros, autores e de pequenas editoras. Por isso, tem disponíveis edições sobre o Alentejo ou de autores alentejanos, uma grande variedade de obras infantojuvenis (duas salas dedicadas à área) e o catálogo completo da Sistema Solar.

Razão nº. 5 – Páteo de São Miguel:

Recanto escondido e silencioso na cota mais elevada da cidade, neste conjunto arquitetónico, que foi Alcácer Mourisco e parte integrante do Castelo Velho de Évora, é possível visitar o Palácio dos Condes de Basto, Monumento Nacional desde 1922, e o seu jardim histórico, a Ermida de São Miguel do Castelo, o Arquivo e Biblioteca Eugénio de Almeida (com cerca de 35 mil livros, na maioria dos séculos XVIII e XIX) e ainda a Coleção de Carruagens da Casa Eugénio de Almeida e a cafetaria. É também aqui que se encontra a sede da Fundação Eugénio de Almeida, responsável por este e outro património histórico e artístico da cidade.

Razão nº. 6 – Luumi:

Da tentativa de recuperação de um velho abajur nasceu a Luumi, com loja aberta no Mercado 1.º de Maio. Feitos com fios de lã ou estopa de linho, tingidos à mão e cruzados numa geometria irrepreensível pelas mãos de Helena Imaginário, estes candeeiros são inspirados no design de iluminação Mid Century Modern e associam o design ao artesanato. O projeto, nascido durante a pandemia, conta ainda com o amigo e escultor Hélder Cavaco, responsável pela estrutura de contraplacado, que dá corpo aos vários e sempre personalizáveis modelos, de suspensão, de mesa ou chão.

Razão nº. 7 – Palácio Duques de Cadaval:

Vizinho do Templo Romano, a residência da família dos duques de Cadaval também é palco de exposições e de concertos de música clássica. Mandado construir no século XV por D. Rodrigo de Melo, primeiro governador de Tânger, sobre as ruínas de um castelo mourisco, o palácio tem o andar nobre e a igreja, considerada uma das igrejas privadas mais bonitas do País, abertos às visitas. Na zona térrea, o restaurante Cavalariça, de Bruno Caseiro e Filipa Gonçalves, serve petiscos e pratos de partilha, inspirados na cozinha alentejana.

 

Fonte: Visão

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