O Sindicato dos Trabalhadores da Indústria Mineira (STIM) acusa a Almina – Minas do Alentejo, concessionária da mina de Aljustrel, de ter impedido os seus representantes sindicais de aceder às instalações da empresa para reunir com os seus associados. Segundo o STIM, o incidente ocorreu na quinta-feira, quando os dirigentes sindicais se deslocaram à mina para realizar um encontro presencial com os trabalhadores, respeitando, segundo o sindicato, todos os requisitos legais.
Num comunicado, o STIM afirmou que a reunião estava programada para decorrer durante o período de almoço dos trabalhadores, de forma a não interferir com a jornada de trabalho, embora a lei permita a interrupção para este tipo de plenários sem prejuízo para os trabalhadores. O sindicato considerou a recusa da empresa como uma “contraordenação muito grave”.
Em resposta às acusações, a administração da Almina argumentou que o sindicato não tinha comunicado previamente a intenção de realizar a reunião, especificamente com os trabalhadores da Derichebourg – Prestadora de Serviços de Limpeza, que operam na mina. A empresa afirmou que, sem esta comunicação prévia e sem a disponibilização de um local adequado, as condições para a realização da reunião não estavam cumpridas, o que justificou a recusa de acesso aos representantes sindicais.
O coordenador do STIM, Albino Pereira, refutou as alegações da Almina, afirmando que o sindicato havia cumprido todos os requisitos legais e informado a empresa antecipadamente sobre a ação sindical. Pereira criticou a empresa por retirar direitos aos trabalhadores ao impedir a entrada do sindicato nas instalações.
O STIM já informou que irá formalizar uma queixa junto da Autoridade para as Condições do Trabalho (ACT), reportando o incidente, que incluiu a chamada de uma patrulha da GNR ao local para registar a ocorrência.
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