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Sexta-feira, Novembro 22, 2024

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Sines desenvolve glossário digital para preservar o “linguajar” típico

A Câmara Municipal de Sines (Setúbal), está a proceder a um levantamento de expressões antigas locais para elaboração de um glossário digital, pretendendo manter vivo “um linguajar” típico da zona, com um projeto denominado «Dizeres».

O projeto é promovido pelo Arquivo e Biblioteca Municipal de Sines, e conta com o apoio da Universidade de Évora (UÉ) que fará a validação científica dos vocábulos recolhidos, colaborando nas áreas de biologia, linguística e história, através da recolha e publicação dos dados, e a colaboração do ilustrador científico Nuno Farinha.

A equipa de recolha lançou-se, no ano passado, à descoberta de palavras que são usadas pelas gerações mais antigas como ‘Mariola’ – alguém reguila; ‘chui’ – sinal que andavam no leilão do peixe, durante a lota ou ‘lembrisca’ – pessoa curiosa que se mete na vida dos outros. Estas são algumas das expressões já identificadas e levadas para o concelho, do litoral alentejano, pelas comunidades algarvia, setubalense e cabo-verdiana ou pelos descendentes dos ílhavos.

Do glossário farão parte palavras e expressões que fazem parte do português padrão, ao qual os locais atribuem um significado diferente, como impostor – vaidoso; assim como palavras por estes utilizadas que não existem no dicionário português.

A recolha ficará concluída em dezembro deste ano com um glossário, que será disponibilizado na internet para consulta, uma exposição, uma oficina intergeracional e uma brochura para oferecer às escolas. O projeto “Dizeres” conta com apoio financeiro de 17 mil euros, no âmbito de uma candidatura do Município de Sines ao programa “Tradições 2018-2019” promovido pela EDP.

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