Projeto de investigação nos terrenos da antiga central a carvão, em Sines, arranca já em dezembro e vai até novembro de 2027. Este projeto é apoiado com 30 milhões de euros pelo Horizonte 2020, que visa testar a viabilidade de um electrolisador de 100 megawatts (MW) para produzir hidrogénio (H2), e vai representar um investimento total de 76,6 milhões de euros.
Com o nome de Green H2 Atlantic, a EDP Renováveis vai ser a empresa a coordenar este projeto que visa o desenvolvimento e a operação de um eletrolisador com 100 megawatts nesta cidade. Para produzir o hidrogénio verde, vai ser usada energia solar e eólica. Depois, o hidrogénio produzido no Green H2 Atlantic vai ser consumido em projetos localizados em Sines.
O objetivo final do Green H2 Atlantic é criar 1 gigawatt de capacidade de produção de hidrogénio verde, criando 1.147 empregos diretos e 2.744 indiretos, pode-se ler.
“O consórcio inclui toda a cadeia de valor, incluindo produtores de eletrolisadores, produção de hidrogénio verde, consumidores da indústria química e redes de gás natural, empresas de eletrónica de energia, empresas de gestão de energia usando inteligência artificial, produtores de energias renováveis”, segundo o documento da Comissão Europeia.
Quem é que faz parte deste consórcio? De Portugal, EDP Renováveis, Galp, Efacec, Bondalti Chemicals, Centre for New Energy Technologies (CNET, um centro de investigação detida pela EDP e a China Three Gorges), Instituto de Soldadura e Qualidade (ISQ), e Martifer e INESC TEC. De França, MCPHY Energy, Engie Energie Services, Axelera – Association Chimie – Environnement Lyon et Rhone-Alpes e Commissariat a l’Energia Atomique et aux Energies Alternatives. Da Alemanha, Deutsches Zentrum fur Luft und Raumfahrt. Da Dinamarca, Vestas Wynd Systems.
Dos fundos europeus, a maior fatia (19 milhões) destina-se à MCPHY Energy, uma empresa francesa que produz eletrolisadores e equipamentos para armazenar energia. A companhia conta com três fábricas em França.
Segue-se a também francesa Engie com 2,7 milhões de fundos europeus, EDP Renováveis (dois milhões), a Galp (1,5 milhões), a Vestas (um milhão), a francesa Axelera (647 mil euros), o INESC TEC, ISQ e Martifer (cada um com mais de 500 mil euros), Deutsches Zentrum fur Luft und Raumfahrt (Centro Aeroespacial Alemão com 428 mil), Commissariat a l’Energia Atomique et aux Energies Alternatives (Comissariado francês para a Energia Atómica e Energias Alternativas com 342 mil euros), Bondalti Chemicals (328 mil) e Efacec (139 mil).
Além de Sines, existem outros projetos em dois países europeus (Dinamarca e Alemanha) com vista a construir eletrolisadores de 100