O presidente da Câmara Municipal de Sines, Nuno Mascarenhas, defendeu que é necessário ““continuar a trabalhar” no projeto de instalação de eólicas ‘offshore’ no litoral alentejano, apesar de a proposta inicial ter sido “profundamente alterada”.
Segundo a Lusa, e de acordo com o presidente da autarquia se Sines, que integra a Comissão Consultiva do Plano de Afetação de áreas marítimas para exploração de energias renováveis (PAER), em representação da Comunidade Intermunicipal do Alentejo Litoral (CIMAL), “a proposta inicial foi profundamente alterada”.
A CIMAL, da qual fazem parte os concelhos de Alcácer do Sal, Grândola, Santiago do Cacém, Sines e Odemira, já havia dado o seu parecer em relação às áreas propostas para o litoral alentejano.
De acordo com a Lusa, os municípios demonstraram a sua discordância relativamente à proposta para a área portuária de Sines, que previa a instalação de um parque eólico ‘offshore’ a cerca de duas milhas da costa.
“O que me deixa satisfeito é que a proposta inicial foi profundamente alterada, sobretudo porque o parque fixo que existia junto à Costa do Norte foi retirado, […] e foi feita uma redução dos parques a norte e a sul de Sines”, declarou o autarca à Lusa.
“Vamos continuar a trabalhar para que a versão final possa satisfazer todas as partes”, ressalvou, por outro lado.
O presidente do Município de Sines disse ainda à Lusa
ser importante a compatibilização destes projetos “com a pesca e com a vinda de novos cabos submarinos” para este território, além dos “valores naturais e paisagísticos”.
“Estamos perto de reservas [naturais], a norte, e do Parque Natural do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina, a sul”, sublinhou.
De acordo com a agência de notícias, o grupo de trabalho para as eólicas ‘offshore’ propôs que, numa primeira fase, seja disponibilizada uma capacidade até 3,5 gigawatts (GW) em Viana do Castelo, Leixões e Figueira da Foz, ficando Sines e Ericeira-Cascais fora desta fase.
Fonte: Lusa