Em Julho de 2012 a empresa Canadiana “Colt Resources” requereu à Direcção-Geral de Energia e Geologia a atribuição de direitos de prospeção e pesquisa de depósitos minerais de ouro, prata, cobre, níquel, cobalto, chumbo, zinco, arsénio e metais associados, na denominada zona dos mármores, que abrange os concelhos de Borba, Estremoz, Vila Viçosa, Alandroal, Redondo e Elvas, numa extensão de 633,935 km2.
Passado mais de um ano e meio a Rádio Campanário contatou a empresa canadiana a fim de saber quais os resultados das prospeções na zona dos mármores, tendo-nos sido informado que “o contrato da nossa área de prospeção denominada “Borba” foi assinado com o Estado Português no dia 20 de Fevereiro de 2013.”
Quanto aos procedimentos realizados nesta zona, a empresa informou-nos que “este período de cerca de um ano, os trabalhos ali efetuados compreendeu um conjunto variado de tarefas, que começaram com a pesquisa e compilação de todos os trabalhos de prospeção mineira efetuados anteriormente nessa área por outras empresas. Posteriormente seguiu-se a investigação geológica dos locais considerados mais interessantes, sob o ponto de vista do seu potencial mineiro para o cobre. Nalguns desses locais, procedeu-se à colheita de amostras de solos e também de rochas posteriormente enviados para análises químicas. Foram também estudados em detalhe, algumas das antigas explorações de cobre que existiram na área em estudo.”
Na sequência dos trabalhos referido a empresa “Colt Resources” tem planeada uma pequena campanha de sondagens para avaliar em profundidade o comportamento de algumas das mineralizações de cobre existentes na área, o que se prevê que venha a ocorrer ainda durante o primeiro semestre deste ano.
No tocante às áreas localizadas na zona de Évora e Montemor-o-Novo, onde a empresa também já realizou prospeções, os trabalhos efetuados tiveram globalmente muito menos visibilidade pública do que os trabalhos anteriormente desenvolvidos, embora se revistam duma importância elevada no contexto do futuro aproveitamento industrial dos recursos auríferos existentes na região.
Já no final do ano de 2013 realizou-se mais uma campanha de sondagens que indicaram a existência, na área de exploração experimental da “Boa Fé”, de recursos totais de cerca de 424.500 onças de ouro, que são equivalentes a aproximadamente a 13.200 Kg de ouro. Por seu turno, a Avaliação Económica Preliminar, estudou 4 cenários diferentes para uma produção anual de minério da ordem das 720.000 toneladas. No cenário a ser adotado, o custo estimado de cada onça de ouro extraído será de cerca de 700 USD.
Ainda fonte da empresa informou que “os próximos passos a desenvolver serão os procedimentos administrativos para o licenciamento da atividade industrial, bem como a preparação do estudo de viabilidade económica que se debruçará em maior detalhe sobre os processos metalúrgicos, custos de capital e de operação e desenho das escavações, sem obviamente se descurar os trabalhos complementares necessários a uma correta minimização dos impactes ambientais, que ocorrerão desta atividade.”