Na manhã de hoje decorreu em Sousel a inauguração do Centro de Recolha Oficial de Animais, com a presença do Secretário de Estado Adjunto e do Desenvolvimento Regional, Carlos Miguel, e dos autarcas do município e freguesias.
A RC esteve presente e falou com o Secretário de Estado Adjunto e do Desenvolvimento Regional sobre este centro para animais no concelho.
O novo Centro de Recolha Oficial de Animais de Sousel que conta com treze canis, dois gatis, uma cela para outros animais, uma receção, celas de isolamento, arrecadações, uma sala de equipamentos e outros utensílios, um armazém de rações, uma sala de tratamento e/ou esterilização, zona de banhos e uma instalação sanitária, está localizado na vila de Cano, nas antigas instalações da ENASEL.
Questionado sobre se existe uma maior procura do progresso para o bem estar animal no Alentejo, o Secretário de Estado referiu que “a recolha de animais errantes sempre foi uma preocupação dos municípios, que ultimamente se tornou moda, ou seja, tornou-se notícia e isso também é bom, porque assim as pessoas ficam mais atentas”.
O Dr. Carlos Miguel explicou que estes programas de apoio à construção de canis e gatis foram lançados em 2018 “e estes municípios souberam ver nestas candidaturas uma janela de oportunidade para financiar a construção, a ampliação, a beneficiação de estruturas já existentes. Foi o caso de Sousel e hoje somos testemunhas das excelentes instalações que aqui foram construídas com recursos que podem ser significativos para Sousel, que criam boas condições para os animais, assim como tem boas condições para quem gere o espaço e para quem aqui vem”.
Sobre o facto da pandemia COVID-19 poder ter atrasado esta inauguração em Sousel, afirmou que “o mais importante é concluirmos o equipamento”.
“O que importa é que se chegue ao fim e que chegue a uma boa obra, mais vale demorar um mês ou dois e ficar melhor do que demorar menos tempo e ficar deficiente. Aqui temos algo muito bom, vemos o antigo canil e o novo canil e por isso vê-se a diferença entre uma estrutura antiga, menos adequada, e uma estrutura atual e adequadíssima e, por isso, mesmo que se tenha esperado mais tempo, olhamos e vemos a diferença substancial e vemos que valeu a pena esperar mais um pouco”, frisa.
Quanto às medidas que estão a ser tomadas de incentivo à adoção de animais, o Secretário de Estado Adjunto e do Desenvolvimento Regional refere que esse é um “desígnio dos próprios municípios e a gestão dos canis e dos gatis é muito importante, porque sem ser com a adoção os canis e gatis tornam-se ingovernáveis porque estão sempre a chegar e nenhuns a sair”.
Por parte da Administração Central explica que “a responsabilidade é muito grande em criar incentivos, por exemplo, à esterilização dos animais que é uma tarefa que não é fácil, que não é barata e sem o apoio da Administração Central é muito difícil de se conseguir. (…) Aquilo que é a adoção faz-se no território e por isso terá de ser a Câmara Municipal, junto com a associação Eco-Animal que encontram as melhores soluções”.