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Sexta-feira, Novembro 22, 2024

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South32 e Boliden na disputa pela compra das Mina de Neves-Corvo um negócio de mil milhões de euros.

As empresas mineiras South32, da Austrália, e Boliden, da Suécia, estão entre os quatro grupos estrangeiros que disputam a compra da mina de Neves-Corvo, a maior de Portugal, situada no Baixo Alentejo. A informação foi avançada hoje pelo site ECO, que indica que três grupos australianos e um sueco estão na corrida pela Somincor, empresa que detém a concessão da mina e que é atualmente controlada pelos canadianos da Lundin Mining. Estima-se que o negócio possa atingir um valor de mil milhões de euros.

Entre os candidatos, destaca-se a South32, com sede em Perth e um valor de mercado de cerca de oito mil milhões de euros. A empresa australiana, que recentemente registou lucros de 380 milhões de dólares, afirmou estar em condições financeiras para expandir a sua produção de cobre, segundo o CEO Graham Kerr. A Boliden, mineira sueca especializada em cobre e zinco, com uma capitalização bolsista de 7,4 mil milhões de euros, também integra a lista de potenciais compradores.

O processo de venda da Somincor está a ser gerido a partir do Canadá, por intermédio do Banque de Montréal (BMO) e uma equipa da Lundin Mining. Além da operação em Portugal, a Lundin está igualmente a vender ativos na Suécia, concentrando-se no mercado sul-americano.

Fontes do mercado indicam que as ofertas pelas minas de Neves-Corvo e Suécia têm sido privilegiadas, o que resultou no afastamento da portuguesa Almina, que apresentou uma proposta não vinculativa apenas para Neves-Corvo.

Em 2023, a Somincor registou uma queda na faturação, atingindo 393 milhões de euros, com um EBITDA de 83 milhões e lucros de apenas 1,5 milhões de euros, significativamente abaixo dos 13 milhões registados no ano anterior. A mina de Neves-Corvo conta com duas unidades de processamento: a Lavaria do Cobre, que trata cerca de 2,6 milhões de toneladas de minério de cobre por ano, e a Lavaria do Zinco, com capacidade para processar 2,5 milhões de toneladas de minério de zinco ou chumbo anualmente.

O Governo português está a acompanhar de perto o processo, dada a importância social e económica da Somincor para a região e para o país, garantindo que todas as normas legais e laborais serão respeitadas. Contudo, relembra que a Somincor é uma empresa privada, sob gestão privada.

FOTO:EPOS

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