A Comissão Vitivinícola Regional Alentejana, organismo que controla, protege e certifica os vinhos do Alentejo, em parceria com a Universidade de Évora, criou em 2013 o Programa de Sustentabilidade dos Vinhos do Alentejo (PSVA), para tornar o Alentejo uma região sustentável na produção de uva e vinho.
Volvidos 11 anos da sua implementação, a CVRA manifesta-se amplamente satisfeita com os resultados obtidos até ao momento, conforme adiantou Francisco Mateus, Presidente da Comissão Vitivinícola Regional Alentejana em entrevista á Rádio campanário.
Pioneiro em Portugal, gratuito e de adesão voluntária, o Programa tem como objetivo proporcionar aos membros do Programa de Sustentabilidade uma ferramenta que lhes permita avaliar a forma como desenvolvem atualmente as suas atividades e oferecer recomendações para através de melhores práticas aumentar a competitividade e a sustentabilidade dos Vinhos do Alentejo. O desafio que se coloca é o de produzir uvas e vinho de qualidade e de forma economicamente viável, ao mesmo tempo que se protege o meio ambiente, melhorando as relações com os colaboradores e vizinhos.
Francisco Mateus refere que este programa “é um excelente exemplo da capacidade de inovação em trazer para o setor uma nova perspetiva de trabalhar e onde o Alentejo tem feito um trabalho de excelência.”
O responsável pela CVRA sublinha ainda que “atualmente cerca de 1/3 dos Produtores do Alentejo já são certificados”. Ainda assim, o Presidente da Comissão salienta que é percetível que “os viticultores e produtores com áreas mais pequenas tenham alguma dificuldade nesta certificação ou que ela ocorra de forma mais lenta.”
Sublinha, contudo, que “estamos muito satisfeitos com a adesão que o Programa tem tido e com os resultados que temos obtido.”
Da vindima de 2023, adianta ainda “tendo em conta os produtores que já obtiveram a certificação sustentável, podemos assegurar que 35% da produção de vinho da colheita de 2023, foi obtida por produtores já com esta certificação.”
Em questões de sustentabilidade, Francisco Mateus considera que “o Alentejo, aos dias de hoje (2024) é uma referência” concluindo que “este programa é uma excelente posicionar a região para o Futuro como uma região que transformou a sua forma de trabalhar e promover o Alentejo nos mercados internacionais.”
O Programa segue uma metodologia clássica de melhoria contínua de um sistema estando organizado em 3 sectores distintos (Viticultura; Adega; Viticultura & Adega) e foca-se em 4 pilares globais: – Supervisão, Gestão, Qualidade; Social; Ambiental e Requisitos exclusivos.