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Taxa de incidência da gripe baixou para 13,3 por 100 mil habitantes

A taxa de incidência de síndrome gripal (SG) baixou para 13,3 por cada 100.000 habitantes, segundo o último boletim de vigilância da gripe do Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA), hoje divulgado.

Apesar da redução na taxa de incidência, o boletim de vigilância epidemiológica da gripe e outros vírus respiratórios continua a indicar uma tendência crescente da atividade gripal e lembra que o valor da incidência de síndroma gripal “deve ser interpretado tendo em conta que a população sob observação foi menor do que a observada em período homólogo de anos anteriores”.

O INSA diz igualmente que não foi reportado nenhum caso de gripe pelas 16 Unidades de Cuidados Intensivos que enviaram informação.

Na semana de 27 de dezembro a 02 de janeiro (semana 52), a taxa de incidência de infeção respiratória aguda (IRA) foi de 59,9 por 100.000 habitantes, refere o INSA, alertando igualmente que a população sob observação (15.037) foi também menor do que em anos anteriores.

Os valores de vigilância clínica da gripe foram apurados através da rede médicos-sentinela, um sistema de informação constituído por médicos de medicina geral e familiar do continente e das regiões autónomas.

No que se refere à vigilância laboratorial, que permite a identificação de vários vírus respiratórios, o boletim do INSA indica que, no âmbito do Programa Nacional de Vigilância da Gripe, na época 2021/2022, “foram analisados 265 casos de IRA/SG, tendo sido detetado um caso positivo para o vírus da gripe do tipo B na semana 49/2021”.

Desde o início da época de vigilância (semana 40/2021), foram detetados outros vírus respiratórios em 88 casos de IRA/SG: 43 rinovírus (hRV), 22 vírus respiratório sincicial (RSV), 11 coronavírus (hCoV); dois parainfluenza (PIV), dois metapneumovirus (hMPV), três enterovírus (hEV) e cinco infeções mistas.

Na época 2021/2022, os laboratórios da Rede Portuguesa de Laboratórios para o Diagnóstico da Gripe (Hospitais) notificaram 25.509 casos de infeção respiratória. Na semana entre 27 de dezembro e 02 de janeiro foram detetados 30 casos de gripe, dos quais 24 casos positivos para o vírus do tipo A, sendo três deles do subtipo A(H3N2) e seis casos positivos para o vírus da gripe do tipo B, refere o documento.

Segundo o INSA, desde a semana 40/2021 foram identificados outros agentes respiratórios em 2.633 casos e entre 27 de dezembro e 02 de janeiro foram detetados 104 casos positivos para outros agentes respiratórios, “na sua maioria vírus sincicial respiratório”.

Quanto à gravidade, o documento refere que não foi reportado nenhum caso de gripe pelas 16 unidades de cuidados intensivos que enviaram informação. Não foram igualmente reportados casos de gripe pelas três enfermarias que enviaram informação.

O boletim do INSA indica igualmente que a mortalidade por todas as causas está “dentro do esperado para esta época do ano”.

A vacinação contra a gripe arrancou em Portugal no final de setembro, mais cedo do que o habitual devido à pandemia de covid-19, estando já vacinadas mais de 2,4 milhões de pessoas, segundo os últimos dados da Direção-Geral da Saúde.

Sobre a situação europeia, o boletim do INSA indica que na semana 50/2021 se observou “uma tendência crescente na atividade gripal na Europa, com predomínio do vírus da gripe do subtipo A(H3)”. Cinco países (Israel, Arménia, Suécia, Rússia, Moldávia) apresentaram uma taxa de deteção laboratorial do vírus da gripe acima de 10 % e na globalidade de amostras testadas foi registada uma taxa de 9,5 % de positividade para o vírus da gripe.

“Consequentemente, dado que na semana 49/2021 já havia sido observada uma taxa de deteção laboratorial acima de 10%, considera-se que a região europeia se encontra no início de atividade epidémica de Influenza”, acrescenta.

De entre 1.136 amostras sentinela testadas, 108 (9,5 %) foram positivas para o vírus da gripe (107 amostras positivas para o vírus da gripe do tipo A e uma amostra positiva para o tipo B). Das 80 amostras do vírus da gripe do tipo A subtipadas, todas foram do tipo A(H3).

Nos sistemas de vigilância de base hospitalar foram confirmados laboratorialmente, em unidades de cuidados intensivos (UCI), 75 casos de gripe do tipo A e quatro do tipo B. De entre 26 amostras do vírus da gripe do tipo A subtipadas, 30,8 % eram do tipo A(H1)e 69,2 % do tipo A(H3), adianta o boletim.

C/Lusa

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