Associações ambientalistas têm vindo a levantar questões relativamente aos impactos das culturas intensivas, nomeadamente do olival, ao nível do uso da água e da utilização de químicos que a contaminam.
Em declarações à RC, Rui Garrido, presidente da ACOS (Associação de Agricultores do Sul), afirma que se “têm dito barbaridades sobre essa questão do olival”, fruto de “desinformação e falta de conhecimento”.
O dirigente aponta que sendo “cultura mediterrânica”, o olival é “das que gastam menos químicos e menos água”, depois da vinha.
“O olival é uma cultura que gasta muito pouca água, poucos fertilizantes e poucos químicos”
Rui Garrido
O presidente da ACOS defende que o Alqueva “é um investimento público e mal seria dos agricultores se não aproveitassem esta água”, apontando que é aproveitado em várias culturas para além do olival.
Considerando as alterações climáticas que se traduzem em “períodos secos” seguidos de “períodos de chuva excessiva”, declara que “se não tivéssemos o Alqueva isto seria muito mais dramático”. Ainda assim, considera que a gestão da água no futuro vai requerer a construção de mais barragens.