A quebra na produção de azeitona em 2022 é já uma certeza.
Para esta quebra contribuíram significativamente as altas temperaturas que se fizeram sentir e a falta de chuva.
Com esta quebra na produção de azeitona, é natural que haja menos azeite e que o seu preço altere.
A Rádio Campanário falou com Paulo Velhinho, responsável pela Cooperativa de Olivicultores de Borba, sobre a campanha de 2022.
Paulo Velhinho começou por nos referir “houve uma alteração climática extremamente importante, com ondas de calor que fizeram com que a azeitona não se desenvolvesse e veio-se agora a constatar uma quebra na produção.”
No caso da Cooperativa de Borba, estima-se que a quebra seja de “65 a 70% “ o que, para este responsável, “desde o histórico todo que temos desde a vida da Cooperativa de Olivicultores de Borba, é o ano de produção mais baixo.”
Paulo Velhinho, questionado sobre o sentimento dos Olivicultores perante a quebra já anunciada, refere “as pessoas ficaram muito afetadas e com prejuízos consideráveis.”
Ainda que 2022 já fosse esperado como um ano com uma produção mais baixa, dado que 2021 apresentou a melhor produção de sempre, “a quebra que se registou foi muito pior do que se estava à espera” salientou Paulo Velhinho.
Para esta quebra de produção contribuíram especialmente dois fatores acrescenta: “as altas temperaturas e falta de chuva, numa primeira fase; a chuva intensa, numa segunda fase, que levou à queda da azeitona e ao impedimento de a mesma ser apanhada.”
Paulo Velhinho defende que devem ser criados apoios para os Olivicultores.
Quanto à próxima campanha, as expetativas são elevadas pois “para já o tempo está a ajudar”. Ainda assim, ressalva “a mãe natureza é que manda.”