O Templo Romano de Évora, construído há dois mil anos, está a ser alvo de uma “intervenção urgente” de conservação, após ter sido identificado “um risco iminente e muito alto” de queda de fragmentos de pedra, revelou esta segunda-feira (14 de Agosto) diretora regional de Cultura do Alentejo, Ana Paula Amendoeira.
A necessidade de intervenção foi identificada numa monitorização ao monumento realizada em Junho, tendo sido identificado o risco de queda de fragmentos, “sobretudo ao nível dos capitéis de mármore”, onde foi reconhecido “um dos fragmentos que se despegou”.
A urgência da intervenção prende-se com a necessidade de evitar “quer a perda irreversível de partes do monumento, quer algum acidente” que ali pudesse ocorrer, atendendo ao número de pessoas que diariamente circulam” na zona, explicou a Ana Paula Amendoeira.
As obras, promovidas pela Direção Regional de Cultura do Alentejo (DRCAlen) em articulação com a Câmara de Évora, arrancaram sexta-feira (18 de Agosto) com a montagem de andaimes e do estaleiro, devendo estar concluídas dentro de quatro meses.
Ana Paula Amendoeira reconhece que “a intervenção é cirúrgica e complexa, mas não é muito cara”, referindo que o investimento no projeto de conservação e restauro do monumento “não vai além dos 50 mil euros”.
Contudo, segundo a responsável, está prevista a realização de visitas organizadas que permitam a entrada do público mesmo durante as obras.