A história de uma instituição com mais de quatro décadas de ligação próxima aos agricultores e à região do Alentejo chega ao seu fim. O ano de 2023 não se revelou fácil, especialmente na segunda metade do ano, uma vez que as atividades decorreram sob a égide do Decreto-Lei n.º 36/2023, de 26 de maio.
Este decreto não era apenas mais um na lista; pelo contrário, marcou o fim das Comissões de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR), transformando-as em Institutos Públicos. O ponto mais marcante dessa transformação foi a integração das Direções Regionais de Agricultura e Pescas (DRAP) nas CCDR. Esta integração representa o fim de uma era para uma entidade que serviu como braço descentralizado do Estado no Alentejo por mais de quatro décadas. Encerrar um capítulo com tal longevidade não é tarefa fácil e, no mínimo, gera incertezas e questionamentos.
José Godinho Calado, Diretor Regional da Direção Regional de Agricultura e Pescas do Alentejo (DRAP Alentejo), em fala na hora das despedidas em relação a essa mudança iminente. Em sua mensagem no site da DRAP Alentejo, realçou o compromisso da instituição com a proximidade e prestação de serviços ao setor primário e à região. Realçou que, ao longo dos anos, o número de recursos humanos disponíveis para essa missão diminuiu, e a solução para atender às demandas passou a depender da otimização da eficiência.
As incertezas persistem, mas, José Godinho Calado acredita que o conhecimento desempenha um papel crucial na mitigação delas, a informação, seja nas mãos das pessoas ou armazenada, é fundamental para permitir a análise, o planejamento, a tomada de decisões e a organização no momento da integração. Isso é especialmente relevante quando se trata de unir uma entidade com mais de quatro décadas de histórico de proximidade ao setor mais importante da região a outra entidade que tem estado menos envolvida com esse setor.