A grande maioria do setor turístico está a atravessar um período crítico devido à COVID-19. No entanto, existem algumas regiões que podem sair a ganhar, como é o caso do Centro, Alentejo e Norte. Estas três regiões estão a ganhar peso sobre o total de dormidas a nível nacional.
Segundo os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE) relativos a agosto, já é possível fazer uma antecipação daquele que poderá ser o retrato no final do ano. No conjunto destes primeiros oito meses, Portugal registou pouco mais de 18,2 milhões de dormidas, valor que representa uma quebra de 63% em relação a igual período do ano passado.
Porém, o turismo não foi igual em todo o país, pois as regiões do Norte e Centro apresentaram reduções na casa dos 50% e no Alentejo as dormidas caíram 39%, todas abaixo do valor nacional.
Estes valores devem-se ao turismo interno durante o mês de agosto, sendo o Centro e o Alentejo, a par com o Algarve, as únicas regiões do país onde as dormidas de residentes em Portugal aumentaram face a agosto de 2019.
O Alentejo, apesar de continuar a ser uma das regiões turísticas menos representativas do país, ainda assim conta com um aumento de 4% para 7%.
Desta forma, é possível dizer que o mapa do turismo se reorganizou e que existe uma tendência para que assim continue.
Desde o início da pandemia, o setor do turismo tem deixado de contar com reservas antecipadas, esperando agora por marcações mais próximas da data em que serão usufruídas. Ao mesmo tempo, os destinos mais próximos de casa, para onde se possa ir de carro, ganham preferência. E, em última instância, a escolha de destinos mais isolados e com menor densidade populacional também sai reforçada.