O agricultor, de 43 anos, detido pela Polícia Judiciária (PJ) de Évora por ter engravidado a enteada, hoje com 15 anos, foi descoberto através da realização de testes de ADN. O homem foi na tarde desta quarta-feira colocado em prisão preventiva pelo Tribunal de Fronteira, como já a Rádio Campanário noticiou.
O bebé nasceu em março do ano passado e, na comunidade de Avis, onde residia o padrasto, todos pensavam que o pai era um jovem namorado da vítima.
De acordo com informações recolhidas pelo JN, os abusos começaram em 2019, altura em que a menor tinha apenas 13 anos. O padrasto aproveitava os momentos a sós com a criança, quando a mãe da menor ausentava-se para trabalhar.
Nesse mesmo ano, a menor engravidou e nunca denunciou o padrasto como sendo o progenitor.
O bebé acabaria por nascer em março do ano passado, num hospital do Alentejo. Aí também a menor manteve o silêncio sobre os abusos de que tinha sido vítima.
Para todos, o pai da criança era um jovem namorado da vítima, que era colega da escola. Os meses foram passando e a Comissão de Proteção de Menores local abriu um processo em articulação com o tribunal de família e menores.
Quando foi ouvida pela primeira vez pelos técnicos, no âmbito de um processo oficioso de paternidade, a menor quebrou o silêncio e revelou ter sido forçada a manter relações com o padrasto. Foram então realizados os testes de ADN ao padrasto e também ao namorado, hoje com 17 anos. Entretanto, a CPCJ retirou a criança do agregado familiar em outubro.
Recentemente, caiu o resultado do teste e a PJ de Évora deteve o indivíduo pelo crime de abuso sexual agravado, que tem uma moldura penal até 15 anos de cadeia.
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