Decorreu na tarde d eontem, em Montemor-o-Novo, a apresentação do Dispositivo Especial de Combate a Incêndio Rurais (DECIR2023), por parte do Comando Sub-Regional de Emergência e Proteção Civil do Alentejo Central da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil.
A Rádio Campanário esteve presente e falou com Paulo Poiares, Tenente-coronel e Comandante do Comando Territorial da Guarda Nacional Republicana de Évora sobre a apresentação dos meios que irão estar no terreno para o combate aos incêndios rurais neste ano de 2023 e sobre as expectativas para este ano.
Em declarações à Rádio Campanário, o Tenente-coronel começou por referir que “as expectativas, como temos verificado, com a questão da falta de chuva e o terreno estar mais seco, leva-nos a tomar uma maior preocupação ao nível da prevenção, e nessa perspetiva, com as populações tem sido feito um trabalho que vai ser continuado ao longo do tempo, daquilo que é o contacto diário de proximidade com as populações, vamos empenhar algumas das nossas especialidades, quer na prevenção, quer no âmbito do serviço SEPNA, nomeadamente na investigação das causas de incêndios, e da Unidade de Emergência, Proteção e Socorro, que é uma capacidade que agora o Comando de Évora também tem no âmbito de apoio a situações de proteção civil que sejam necessárias”.
Questionado sobre o reforço do contacto com populações mais isoladas, onde é mais provável a existência de fogos rurais, Paulo Poiares referiu que esse contacto “vai ser reforçado, nesta fase de prevenção já foi estabelecido o contacto com as pessoas, até mesmo com as pessoas mais idosas, foram atualizados os contactos das pessoas e nossos contactos de emergência, caso as pessoas necessitem e, no contacto feito, alertámos para as medidas básicas de segurança e individual da pessoa, de forma a evitar que venham a ser vítimas de algum desse tipo de ocorrências”.
Questionado quanto ao sentido da união de esforços entre a GNR e a Proteção Civil para minimizar o problema dos incêndios rurais em Portugal, o Tenente-coronel referiu que “sim, todos temos a mesma missão e as diversas instituições que contribuem para essa missão devem sentar-se à mesma mesa, haver sempre um comando sub-regional, e é uma estratégia que vai ser planeada desde a tutela ao nível municipal, para que todos façam um esforço conjunto e não sobreporem-se em medidas de investimentos desnecessários”.