Na passada sexta-feira, 20 de Outubro, a tomada de posse dos eleitos para a Junta de Freguesia de Ciladas ficou marcada pela tensão entre os elementos que formaram a coligação que lidera este órgão e a oposição composta por elementos da CDU.
Para órgão autárquico, que no anterior quadriénio havia sido dirigido pela maioria CDU, viu o Partido Socialista (PS) obter a maior percentagem de votação (37,21%) onde recolheram 224 votos dos 602 votantes.
No que concerne a mandatos, o PS angariou 3 entre os 7 possíveis, o que lhe permitia ficar à frente do órgão em minoria, e para que tal não acontecesse, coligou-se com o Movimento de Unidade dos Cidadãos do Concelho de Vila Viçosa (MUC), que havia recebido 2 mandatos, tal como a CDU.
A grande discussão gerou-se já depois de empossadas as listas propostas, quando os eleitos pela CDU para a Assembleia de Freguesia usaram da palavra para tecer duras criticas à gestão PS e à forma como foi feita a coligação, dando a entender que se avizinhava um acordo entre os comunistas e o movimento, não antecipando que os socialistas viessem a abordar o MUC.
Para o Executivo, o ato eleitoral de 1 de outubro resultou na eleição de:
Presidente do Executivo – Marcos Capelas (PS)
Vogal – Jéssica Anacleto (PS)
Vogal – Carolina Capelas (MUC)
Relativamente à Assembleia de Freguesia, do ato eleitoral resultou:
Presidente da Assembleia de Freguesia – Diogo Figueiras (PS)
Secretário – Cristiano Chamorra (MUC)
Secretária – Vanessa Cândido (PS)
Em declarações à RC, Marcos Capelas, o cidadão mais votado e eleito presidente do Executivo, mostra-se confiante em levar o programa eleitoral “avante”, tendo em conta “a opinião do MUC”, e diz-se “disposto” a ouvir as ideias da CDU.
De acordo com o eleito, a escolha do MUC “não é por nada em especial nem por qualquer tipo de qualidade”, considerando que as candidaturas das forças politicas coligadas identificam-se pelo “eleitorado mais jovem” e pelos programas eleitoras “meramente parecidos”.
Marcos Capelas admite seguir “uma linha socialista”, afirmando que não se revê “em qualquer tipo de politica destrutiva”, motivo pelo qual, considera que “pela politica construtiva” se revê no Partido Socialista.
Também em declarações a esta estação emissora, Diogo Figueiras, eleito presidente da mesa da Assembleia de Freguesia, indica que procura “unir todos os esforços” e afirma que no dialogo não “exclui ninguém”.
O eleito, garante que não tem “ideologia politica”, motivo pelo qual afirma que não tem preferência em “trabalhar com A, B ou C”.
Ainda assim, teme que a “tensão” marque Assembleias futuras, reconhecendo que pela “inexperiência” da equipa, pode ser algo que não se consiga contornar.
Na sua opinião, “cada pessoa é livre de dizer o que quer dentro de contextos”, pretende promover a “transparência” e o “diálogo” de forma a que não haja “tanta intromissão de questões partidárias”.
Diogo Figueiras diz ainda que “a experiencia adquire-se”, e acrescenta que “conversando com quem já esteve nas Assembleias” vai tentar superar a sua falta.
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