Um tornado com intensidade F1 na escala de Fujita causou destruição numa habitação, terrenos agrícolas e árvores à sua passagem pelas vizinhanças de Nave do Barão, Salir, na madrugada de 15 de abril.
Segundo o relato de algumas testemunhas e a documentação que enviaram para o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), o tornado terá mantido o contacto com o solo numa extensão aproximada de dois quilómetros e uma largura que alcançou até 150 metros nas áreas de maior destruição verificada.
Tendo em conta a hora provável em que ocorreu, por volta das 6h25 da manhã, ninguém viu o tornado, mas apenas o rasto de destruição que deixou ao longo desses dois quilómetros.
Segundo o IPMA, “o tornado deslocou-se numa direção de sudoeste para nordeste, de acordo com a propagação da nuvem-mãe, tendo ocorrido com grande probabilidade pelas 05:25 UTC (06:25 hora local) de dia 15, conforme a observação radar documenta”.
A destruição causada “deu origem a efeitos avaliados com intensidade F1 na escala de Fujita, correspondendo a intensidade T3 na escala TORRO, isto é rajada estimada na gama 42-51 m/s”.
O IPMA explica ainda que “uma massa de ar quente e húmido, transportado na circulação de uma depressão localizada a oeste da Península Ibérica tem afetado o território do continente nos últimos dias”.
Explica também que “a probabilidade de um tornado ser observado numa estação meteorológica é extremamente baixa. Embora se trate de um fenómeno que pode ter um forte impacto, é de muito pequena escala, sendo observado em áreas muito restritas. Só com a contribuição preciosa destes relatos é possível avaliar as características deste tipo de fenómeno, o impacto que tem no território e na população e as condições em que se forma”.