Numa publicação na sua página de Facebook, o presidente da Câmara Municipal de Monforte informa que se vive “uma situação difícil” no concelho, mais concretamente na freguesia de Santo Aleixo.
Segundo o autarca, “todos os utentes do Lar de Santo Aleixo, estão infetados. E quase todas as funcionárias efetivas também. Hoje temos 23 novos casos confirmados. O que eleva para 78 casos ativos”.
O Lar de Santo Aleixo tem um total de 33 utentes e 22 funcionárias.
Gonçalo Lagem informa ainda que “o vírus está neste momento com contágio comunitário e várias pessoas na Freguesia, de forma direta ou indireta, relacionadas com o Lar, também estão infetadas”.
“Todos as entidades responsáveis, estão a participar activamente no apoio a este momento menos bom na Freguesia. Município, Autoridades de Saúde, Junta de Freguesia, Segurança Social, BVM. Estamos a fazer todos os possíveis para aliviar a enorme tensão que se vive. A maior dificuldade prende-se com a organização dos turnos e arranjar voluntários para os fazer”, diz o autarca.
No entanto, refere que “há boas notícias”, pois “a maior parte dos casos positivos são assintomáticos ou com sintomas ligeiros, apenas uma senhora está em maiores dificuldades e que esperemos que recupere rápido”.
“Depois existem também aquelas pessoas que nos inspiram. Com o seu voluntarismo, altruísmo e generosidade, sacrificam-se imenso, deixam os seus e rumam ao Lar, com os riscos que isso representa”.
O edil revela: “enquanto Presidente de Câmara, por vezes sinto-me impotente, a serem-me reportados casos positivos, sem nexo, sem ligação a casos existentes. Isolados. É aqui que se iniciam novas diligências, para rapidamente conter possíveis cadeias. Escolas, Lares, pessoas mais vulneráveis. Temos que os proteger, temos que agir rápido para os proteger. A saúde, tem competências próprias, mas à Câmara interessam as pessoas e por conseguinte e de forma inquestionável a sua saúde”.
Amanhã haverá uma reunião com a Comissão Municipal de Proteção Civil onde “depois de recolher todas as sugestões, tomaremos medidas, se for preciso, que contrariem o estipulado a nível nacional. Falo nas Escolas. É um absurdo continuarem abertas”.
Gonçalo Lagem afirma: “não posso estar de acordo com este confinamento falso e só para alguns. Sacrificam-se restaurantes, cabeleireiros, ginásios, cultura e unidades hoteleiras. Nada mais. Com as escolas abertas, os contágios continuam. Resultado: destrói-se a economia, pelo menos as referidas, fecham-se empresas, vão milhares para o desemprego e queira Deus que se consigam honrar os subsídios daqueles que foram obrigados a ficar sem trabalho e por último, com isto, não protegemos as pessoas. Os contágios continuam, os números disparam e os profissionais de socorro e saúde que aguentem. Não. Hoje discordo. Não poderemos ter meias regras e em pleno confinamento assistir a filas intermináveis para votar”.