Segundo um relatório aprovado pelo Conselho Superior de Segurança Interna e entregue na Assembleia da República, o tráfico de pessoas em Portugal está a aumentar e indicadores ligam o seu crescimento aos trabalhos agricolas sazonais em locais de difícil acesso e menor fiscalização, como o interior alentejano.
O Relatório Anual de Segurança (RASI) de 2022, confirma um aumento de vítimas para 378, mais 60 do que o ano anterior.O documento refere que o tráfico de pessoas encontra-se “muito ligado a angariação e recrutamento para trabalho em campanhas sazonais, como apanha da azeitona, castanha, frutos ou produtos hortícolas” onde as vítimas são levadas para os locais das explorações agrícolas, onde passam a trabalhar e a residir, dependendo “da vontade dos empregadores”.
Estas vítimas vêm-se nestas situações por questões financeiras fragilizadas, grande número de cidadania moldava devido aos seus passaportes biométricos estarem isentos de obrigatoriedade de vistos para fins de turismo. Os cidadãos de Timor-Leste estão também dentro da lista de vítimas.
O documento refere ainda que no ano passsado foram comunicados 26 menores, mesmo valor registado em 2021, e 329 adultos, mais 56 do que em 2021. Para além de 11 portugueses identificados no estrangeiro alegadamente vítimas de tráfico de pessoas.
Fonte: Agência Lusa