A transferência para o hospital de campanha, instalado no antigo centro de Saúde de Vila Viçosa, dos utentes do lar da Misericórdia de Vila Viçosa (Évora) infetados com o vírus que provoca a covid-19, foi adiada devido à realização de novos testes, disse hoje fonte da instituição.
De acordo com a notícia avançada pela Agência Lusa, a mesma fonte explicou que o adiamento desta operação, que chegou a estar prevista para hoje, foi proposto no âmbito de uma reunião da Proteção Civil municipal, alegando que os 38 idosos do lar da Misericórdia que tiveram resultados negativos nos testes ao SARS-CoV-2 e que foram transferidos no domingo para a Zona de Concentração e Apoio à População de Reguengos de Monsaraz, estão hoje a fazer novos testes, por “uma questão de precaução”.
O resultado destes novos testes deverá ser conhecido na quinta-feira.
A transferência para o hospital de retaguarda, instalado no antigo centro de saúde de Vila Viçosa, dos 17 utentes que já testaram positivo para o novo coronavírus SARS-CoV-2 está agora prevista iniciar-se “amanhã [quinta-feira] durante a manhã ou ao início da tarde”, de acordo com fonte da Santa Casa da Misericórdia de Vila Viçosa.
Caso algum dos restantes 38 idosos que estão em Reguengos de Monsaraz, por determinação da autoridade de saúde, teste positivo para o novo coronavírus SARS-CoV-2, será igualmente transferido para o hospital de retaguarda.
Em Vila Viçosa, há um surto de covid-19 associado a valências da Misericórdia local e a transferência para o hospital de retaguarda destina-se a desocupar as instalações para permitir que seja feita a “desinfeção do lar”, acrescentou.
Segundo fonte da Administração Regional de Saúde (ARS) do Alentejo, todos os utentes positivos da estrutura residencial para idosos (lar de Vila Viçosa) da instituição, assim como os utentes positivos dos centros de dia que não têm condições nos seus domicílios, vão ficar alojados no hospital de retaguarda.
No surto de Vila Viçosa, o vírus que provoca a covid-19 já infetou um total de 95 pessoas (incluindo quatro que morreram), nomeadamente 21 utentes do lar de Vila Viçosa, 14 do Centro de Dia de São Romão, 12 do Centro de Dia Bencatel, 11 funcionários da instituição e 37 pessoas da comunidade, disse hoje fonte da ARS do Alentejo.