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“Tudo indica que Neto de Moura é um conservador machista, e isso envergonha-nos” (c/som)

O deputado António Costa da Silva, eleito pelo círculo de Évora do PSD à Assembleia da República, no seu comentário desta segunda-feira, dia 4 de março de 2019, abordou aos microfones da Rádio Campanário os mais recentes resultados das sondagens para as eleições europeias, toda a polémica em torno do juiz Neto de Moura e o risco de Portugal regressar aos défices externos.

Sobre as sondagens, António Costa da Silva disse à Rádio Campanário que “as sondagens valem o que valem, nunca fico muito triste quando vejo sondagens menos positivas, da mesma maneira que não entro em euforias quando as vejo mais positivas”. Para o deputado “são apenas indicadores e se compararmos a evolução que temos tido, sobretudo nos últimos dois anos, dar uma nota positiva pois o PSD subiu”. António Costa da Silva disse à RC que “não é novidade o Bloco de Esquerda ser a terceira força política, pois já assim o é nas legislativas”.

Quando questionado por esta emissora, sobre a possível perda de um deputado pela CDU, António Costa da Silva diz que “é o reflexo daquilo que tem sido a nível nacional, aliás já verificamos nas autárquicas que a CDU é quem mais perde com este entendimento de governo. As pessoas têm vindo a perceber que é muito difícil ser do governo na segunda, quarta e sexta e depois terça, quinta e sábado ser contra o governo. Não se percebe, ou se apoia ou não se apoia”.

António Costa da Silva disse ainda aos microfones da Campanário que “ainda falta muito tempo, as pessoas vão percebendo cada vez mais o que é este Partido Socialista, Pedro Marques é o homem que fez tantos anúncios que não passam de PowerPoints”. O deputado refere que “Pedro Marques é o homem que negoceia mal os fundos comunitários, vamos ter uma perca de 7% nos fundos comunitários, derivado da negociação em que ele foi o principal responsável (…) temos uma execução muito mais baixa dos projetos do QREN, o que dá para perceber que este Pedro Marques é um flop”.      

Quando convidado pela Campanário a comentar a polémica em torno do juiz Neto de Moura, o deputado considera que “tudo o que está em volta da violência doméstica deve-nos envergonhar enquanto portugueses, este juiz é mais um juiz que sofre da hipocrisia do nosso sistema judicial”. António Costa da Silva refere que “as pessoas são julgadas em primeira instância e são colocados na rua, e isto acontece em qualquer circunstância e em qualquer crime, é muito difícil alguém ficar preso em Portugal”. O deputado considera que tal acontece, pois, “o nosso sistema judicial não funciona, está totalmente descredibilizado”. “Tudo indica que este juiz é um conservador machista, e isso envergonha-nos”.

António Costa da Silva finalizou a sua rúbrica semanal na Campanário, abordando os riscos de Portugal regressar aos défices externos, dizendo que “nós estamos a assumir um conjunto de despesa fixa que pode ser altamente perigosa num contexto de crescimento económico mais lento”. O deputado considera que “a conjuntura internacional está numa situação pior, mais cedo ou mais tarde Portugal vai ressentir-se desse fator”. “Portugal tem a maior dívida de sempre, estamos a falar de 250 mil milhões de euros, basta que suba 1% dos juros para significar 2.5 mil milhões de euros, o que é estrondoso (…) a nossa capacidade está de tal forma limitada que num contexto de quebra económica é inevitável que Portugal não se ressinta”.   

                         

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