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Sexta-feira, Novembro 22, 2024

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UÉ disponível para receber Afegãos: “gostaria imenso que viessem e estou à espera que me contactem para isso,” diz Ana Costa Freitas (c/som)

Tal como a Rádio Campanário já tinha noticiado, face à atual crise humanitária no Afeganistão, a Universidade de Évora (UÉ) vai disponibilizar dez posições para trabalhadoras afegãs e permitir o acesso, em fase de ingresso excecional, desde que acordado com a tutela, a estudantes afegãos que pretendam prosseguir os estudos de ensino superior em Portugal.

Na altura, Ana Costa Freitas, Reitora da Universidade de Évora, explicou que tomou esta iniciativa porque “é impossível ficarmos indiferentes ao sofrimento do povo afegão e, muito concretamente, das mulheres afegãs”. Para a Reitora da UÉ, “a proteção dos Direitos Humanos, como o Direito à Educação, têm de ser salvaguardados e, enquanto dirigente de uma Instituição de Ensino Superior, cuja missão é produzir e transmitir conhecimento, não posso deixar de sentir que temos, de alguma forma, e na medida das nossas possibilidades, contribuir ativamente.”

A iniciativa foi de imediato comunicada ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (MCTES), que tutela a instituição, e está neste momento a ser articulada com o Ministério dos Negócios Estrangeiros (MNE). As questões práticas relacionadas com o enquadramento político, institucional e legal da iniciativa serão conhecidas a breve trecho.

À margem da primeira Conferência Mundial sobre Turismo sustentável, a Rádio Campanário falou com Ana Costa Freitas no sentido de saber em que ponto de situação se encontra o processo da receção por parte da universidade dos trabalhadores/estudantes vindos do Afeganistão.

A reitora da Universidade de Évora informou que não tinha ideia sendo que, “eu dei esta indicação ao senhor Ministro da Ciência e sei que ele falou com o Ministro dos Negócios Estrangeiros e com o Ministério correspondente para receber estas pessoas”, destacando que de forma autónoma “eu não posso fazer nada”.

Todo o processo envolve vários trâmites legais, segundo a reitora, “os estudantes estrangeiros para virem tem que ser reconhecidos como estudantes e tem que lhes ser dado” concurso “para eles entrarem, eu estou aberta para isso, e os funcionários a mesma coisa, só entram professores na função pública por concurso.”

Para que seja possível, “este tem que ser um caso excecional, foi isso que eu disse ao Ministro, eu estou disponível para, tem é que me dar os meios.”

Em conclusão a reitora refere que “nada disto se pode fazer de um dia para o outro, eu gostei de dar esta indicação, gostaria imenso que viessem e estou à espera que me contactem para isso.”

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