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Sábado, Abril 20, 2024

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Ana Abrunhosa diz: “O museu tem que ser visitado, pelas famílias, por quem estuda estes temas e por quem quer um no seu território” (C/ Som)

Teve lugar, esta tarde, a inauguração do Museu de Arqueologia e Etnografia de Elvas, António Tomás Pires.

A Rádio campanário marcou presença e falou com a Ministra da Coesão Territorial, Ana Abrunhosa que, entre outras coisas, afirma que é necessário trazer pessoas a visitar este museu, e isso é possível:

“Em primeiro lugar desfazendo a perceção errada do que são estes territórios, são territórios riquíssimos, com uma história riquíssima e é fazendo, o que Elvas já está a fazer, porque Elvas já é património reconhecido pela humanidade (…) esse selo dá-lhe também uma responsabilidade muito grande, em tudo o que faz, sendo património da humanidade tem que respeitar muitas regras para continuar a manter o selo, portanto, tem que fazer com muita inteligência e com muito cuidado, valorizando de forma muito cuidadosa e quando quer dar vida ao património, ao seu património, riquíssimo, tem que o fazer de forma muito inteligente, e este museu tem que ser visitado, não só pelas famílias, mas também por quem estuda estes temas e por quem também tem um sonho e ambiciona fazer, nos seus territórios museus como este porque é um museu (…) maravilhoso.”

Seguiu abordando o tema da coesão social, e valorização do território, referindo a intensão de ligar, Badajoz ao Alqueva, através da navegabilidade no Rio Guadiana:

“Acompanhamos com interesse tudo que é importante para os territórios, tudo o que leva à valorização dos territórios, e tudo o que sejam intervenções que possam valorizar os territórios, quer às pessoas que cá vivem e desenvolvem as suas vidas aqui, quer àqueles que os possam visitar. E portanto (…) é algo que está em análise, e em estudo mas sempre com muita curiosidade e com grande entusiasmo sempre que vemos esse entusiasmo nos territórios”.

Questionada, sobre a ideia de muitas pessoas estarem a mudar-se para o interior, refere: “Eu tenho certeza que, com a pandemia, muitas pessoas mudaram a sua ideia de interior, com a pandemia, as pessoas também associaram, à vivencia em cidades, riscos que não sentem nestes territórios, e portanto, parece-me que, se nós conseguirmos ultrapassar o que são ainda as desvantagens destes territórios, a falta de conectividade digital muitas das vezes, e até esta má perceção que muitas vezes se tem deste território (…), nós conseguirmos, trazer muito mais pessoas para estes territórios. O que é fundamental, é que as pessoas, de facto, percebam que podem ter uma vida aqui com melhor qualidade de vida, e só o poderão fazer se tiverem trabalho e daí também que seja muito importante valorizar as atividades que tradicionalmente se fazem neste territórios, quer seja agricultura, quer seja a pesca quer seja a floresta (…) só incorporando conhecimento e tecnologias é que também conseguem atrair jovens (…) isso é que permite às pessoas ficarem, terem atividades que sejam remuneradas, e bem remuneradas, (…) eu acredito que a pandemia deu-nos a conhecer o interior mas também, a pandemia foi um momento para muitos de repensar a vida”.

Fala ainda sobre a construção de um Parque Empresarial, que vai ser um importante investimento na cidade:

Nós estamos a falar de uma Eurocidade, e, portanto, institucionalmente até já temos instrumentos legais para que isso possa acontecer, e eu diria que é uma boa altura, de o senhor presidente e o seu executivo ambicionarem um projeto destes, porque vivemos um momento único de recursos de fundos comunitários, e uma das prioridades dos fundos é estimular o investimento, ou estimular os investimentos que permitam que haja investimento. (…) Nós sabemos a importância que essas plataformas ou as zonas industriais, numa linguagem mais comum, têm na atração de empresas, e, portanto, é uma localização muito boa, que Elvas deve, e vai certamente aproveitar”.

Termina reforçando a importância dos fundos de investimento na criação e implementação deste projeto: “… com a coincidência do país ter ao seu dispor, um conjunto de fundos comunitários, em que este tipo de investimentos são investimentos prioritários na aplicação de fundos, (…) e portanto acreditaremos, que o governo vê, com muito bons olhos, um investimento destes, num local onde há facilidade no escoamento de mercadorias, e onde se podem gerar sinergias muito grandes com o outro lado da fronteira.

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