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Borba: Noite de “Fados à Varanda” anima Festas em Honra do Senhor Jesus dos Aflitos (C/SOM E FOTOS)

Iniciaram-se este sábado, dia 15 de agosto, as Festas de Borba em Honra do Senhor Jesus dos Aflitos, organizadas pelo Município, adaptadas à nova realidade, devido à pandemia COVID-19 e também realizadas no âmbito do Programa de Desconfinamento Cultural da autarquia.

Na noite de sábado houve “Fados à Varanda” nos Paços do Concelho, com os fadistas Soraia Branco, António Vieira e Jorge Goes, acompanhados pelos músicos Nuno Cirilo (Guitarra Portuguesa), Mário Carriço (Viola), Filipe Pereira (Viola Baixo) e João Ricardo Carriço (Percussão), numa noite em que, apesar do frio, os borbenses marcaram presença na Praça da República, com máscara e respeitando as normas de distanciamento.

Apesar dos lugares disponibilizados pela autarquia para assistirem ao espetáculo no espaço exterior da Câmara, as pessoas, na sua maioria, preferiam assistir de pé ao redor ou nas esplanadas dos cafés.

Após o concerto, o fadista Jorge Goes falou à Rádio Campanário e contou que aquele foi “o terceiro concerto que fiz após o confinamento” e foi “dos espetáculos onde tive mais gente”. Para o fadista, “as pessoas aderiram, todavia, nota-se ainda um certo medo. Metade dos lugares sentados estavam ocupados, depois havia muita gente à volta de pé e também nas esplanadas dos cafés. A noite também estava um pouco fria, mas superou as minhas expectativas a nível de público. Acho que as pessoas aderiram em massa e isso foi muito agradável”.

Jorge Goes falou ainda sobre como sentiu na pele a pandemia COVID-19, dizendo que “eu tive a minha agenda completamente cancelada. Em março, quando apareceu a pandemia no nosso país, tinha a agenda completamente cheia e agora com o desconfinamento já tenho marcações de novos espetáculos. Tenho mais quatro concertos marcados e, a pouco e pouco, vão aparecendo novas datas”.

O fadista frisou que a altura do confinamento “foi muito complicado, porque ficámos em casa sem trabalho. Tal como muitos artistas, também fiz alguns diretos no Facebook, porque não me sentia bem em estar parado, pois quem canta e tem espetáculos todas as semanas, necessita da música para “respirar” e apesar de não estar a ganhar dinheiro, sempre estava entretido a fazer alguma coisa. Fui preparando novos temas, porque também sou compositor e, neste momento, tenho um novo disco quase terminado”. Jorge Goes espera que esta fase “termine rapidamente e que voltemos todos à nossa vida normal que, a meu ver, vai ser difícil. Talvez no início do próximo ano, se isto correr tudo bem e se a nova vacina for viável, como aquela que a Rússia fez, para ver se voltamos tudo à normalidade”.

Quanto às suas perspetivas para o setor da cultura, o compositor salientou que “enquanto não houver uma vacina, haverá muita gente que tem medo de ir aos espetáculos, como as pessoas mais idosas e as que sofrem de algumas doenças, apesar de haver máscaras e de haver distanciamento e todas as precauções e cuidados. Penso que as coisas vão melhorar no futuro, mas a pouco e pouco. Nota-se que os espetáculos já têm mais gente. Mas até não haver uma vacina, vão ter sempre medo”.

As Festas de Borba em Honra do Senhor Jesus dos Aflitos terminam este domingo, com a atuação, pelas 22h00, da Emsemble da Banda Filarmónica do Centro Cultural de Borba, seguido do fogo de artifício.

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