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Sábado, Abril 20, 2024

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“É bom que as pessoas conheçam a verdadeira doutrina da Igreja, muitas vezes o que se ouve por aí está a quilómetros de distância”, diz D. Maurílio de Gouveia, Arcebispo Emérito de Évora (c/som)

Os participantes no Sínodo dos Bispos propuseram no dia 24 de outubro, depois de três semanas de trabalho sobre a família, no relatório final dos trabalhos, um “caminho de discernimento” para os católicos divorciados que voltaram a casar civilmente.

O texto que já se encontra nas mãos do Santo Padre, refere que é missão dos padres “acompanhar as pessoas no caminho do discernimento segundo o ensinamento da Igreja e as orientações do bispo”.

Findos os trabalhos que decorreram durante três semanas, 178 dos 265 participantes que votaram, aprovaram o número 85, em que se apela a um “exame de consciência” das pessoas em causa sobre a forma como trataram os seus filhos ou como viveram a “crise conjugal”.

O relatório não aborda diretamente a possibilidade de acesso à Comunhão pelos divorciados recasados, que é negada pela Igreja Católica.

Um documento conciliador que congrega as várias visões da assembleia para as apresentar ao Papa, propondo uma nova relação Igreja-Família.

Sobre este tema, a Rádio Campanário falou com D. Maurílio de Gouveia, Arcebispo Emérito de Évora que referiu que o Sínodo dos Bispos “é uma reunião muito importante na Igreja porque é uma reunião de Bispos delegados de todo o mundo que aborda problemas de grande importância e este Sínodo aborda o problema da família, e é fundamental”.

D. Maurílio de Gouveia salienta que no pontificado de João Paulo II “houve um outro sobre a família, e este é um segundo que continua essa linha, eu penso que é um Dom de Deus e que devemos agora aguardar que o Papa publique o documento final porque até agora houve discussões, houve debates e foram oferecidos ao Papa os resultados dessas reflexões e o Papa agora dirá num documento final”.

Quando questionado sobre temas que a Igreja ao longo do tempo tem tido alguma dificuldade em resolver, o Arcebispo Emérito de Évora realçou que “é bom que as pessoas conheçam a verdadeira doutrina da Igreja, porque as pessoas têm que aprender essa doutrina, às vezes o que se ouve por aí está a quilómetros de distância, mas esses problemas não são de hoje e a Igreja já falou muitas vezes sobre eles”.

D. Maurílio de Gouveia diz ainda, “continuará a haver sempre problemáticas, o Sínodo anterior tem um documento do Papa João Paulo II sobre a família, este Sínodo pouco vai adiantar”, considerando a atuação do Papa Francisco de “muito boa, é um Santo”.

 

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