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Entrevista com o Dir. Tomé Laranjinho sobre as novas regras nas escolas do Agrupamento de Alandroal (c/som e fotos)

O ano letivo 2020/2021 está a ser marcado pela sua atipicidade devido à pandemia mundial COVID-19. Para este ano as escolas e todo o seu pessoal, desde alunos a pessoal docente e não docente, tiveram de se adaptar à nova realidade, como às desinfeções constantes, ao uso de máscara, ao distanciamento, entre muitas outras medidas.

A RC esteve na Escola Básica Diogo Lopes de Sequeira, no Alandroal, e falou com diretor do Agrupamento de Escolas (AE) de Alandroal, Tomé Laranjinho. Em entrevista à RC, o diretor referiu como foi este primeiro mês de aulas e todas as novas implicações e regras.

Sobre o cumprimento das novas medidas de higiene por parte dos alunos, Tomé Laranjinho garante que “fazem uso constante dela [máscara] dentro do espaço [escolar]”, referindo também que por parte dos alunos do 1º ciclo, a quem não é obrigatório utilizar a máscara, cerca de “70%” o faz. Enaltece ainda o cumprimento do distanciamento social “dentro das salas de aulas e outros espaços fechados” dos edifícios escolares.

Também o espaço interior das escolas foi dotado de diversos equipamentos e informações para cumprimento obrigatório. O diretor do AE de Alandroal explica que “a nível de segurança, [há] circuitos marcados, desinfeção com álcool gel em todos os blocos, desinfeção das solas dos sapatos e temos, em colaboração com a Câmara [Municipal de Alandroal], um túnel de desinfeção que faz uma nebulização de água oxigenada”.

Porém, sobre este túnel revela ainda algumas dificuldades no seu uso, pois quando “há muitos alunos para entrar, não conseguimos fazer a passagem completa pelo túnel, ou seja, a parte da nebulização não é possível fazer para não criar um ajuntamento à entrada”, então faz-se “a medição da temperatura e a devida higienização das mãos e das solas dos sapatos”.

De forma geral o diretor explica que, apesar de um caso suspeito inicial que se veio a verificar ser apenas falta de vista do aluno que lhe estava a criar dores de cabeça, não tem havido “situação nenhuma, nem nesta que é a escola sede, nem em nenhuma das outras escolas do agrupamento”.

O diretor Tomé Laranjinho falou ainda do reforço de pessoal que poderá ser necessário, explicando que “a nível de assistentes operacionais não estamos mal, a autarquia tem até superado o rácio”. Conta ainda que o reforço necessário e que houve, foi de verbas, “na ordem dos 2.500 euros para o primeiro período, que serviu para comprar máscaras reutilizáveis tipo 3 de 25 lavagens para os alunos e para o pessoal docente e não docente e para [comprar] alguns produtos de higienização”.

No entanto, afirma não ser o suficiente pois “100 litros de álcool gel que dura cerca de 2/3 semanas, custam cerca de 400€ e se falarmos de outros produtos de higiene, as máscaras, por exemplo, custaram cerca de 1000 euros”. Garante que “até ao momento não estamos a passar dificuldades, esperemos que o OE de 2021, também dê resposta a esta pandemia que e à higienização e a outras necessidades”.

“Temos postos de higienização em vários sítios, teve de ser a escola e cada posto custa cerca de 100 euros, temos também barreiras de proteção. O reforço que nos foi feito não deu nem para 10%, mas até 31 de dezembro as contas estão equilibradas, vamos ver como será a partir de 01 de janeiro”, revela.

Por fim, sobre a Escola Digital e a possibilidade de regressar ao ensino virtual conta que tem “enquanto escola é-nos impossível”. Refere o plano do Governo para aquisição de material informático para as escolas, mas espera que “não volte a acontecer, pois preferimos as aulas presenciais e o contacto”.

Fique de seguida com algumas imagens do espaço, como a Sala de Isolamento e o túnel de desinfeção na entrada da escola:  

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